terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Reunião de 11 de Dezembro de 2015

A. Antes da ordem de trabalhos:

A convite do Presidente do CG, esteve presente durante a primeira parte desta reunião o Presidente do Conselho de Curadores, Dr. Miguel Cadilhe, que no final da sua presença na reunião dirigiu de improviso uma alocução ao CG sobre o papel na UP do Conselho de Curadores, sublinhando o seu caráter de órgão independente, mas colaborante com os outros órgãos de governo da Universidade.

O Presidente do CG referiu a honra para a UP que advém do Prof. Doutor Manuel Sobrinho-Simões ter sido eleito como o patologista mais influente do mundo pela revista “The Pathologist”; a atribuição do galardão mereceu um unânime voto louvor ao Prof. Doutor Manuel Sobrinho-Simões por parte dos membros do CG.

Na reunião do passado dia de 9 de outubro, o Presidente do CG trouxe ao CG a sua descoberta de que o Estado nunca cumpriu o contrato-programa plurianual (2010-2015) em que se obrigava a financiar a UP em 100 milhões de euros em troca do cumprimento de objetivos concretos. Essa falta do cumprimento desta obrigação do Estado não fora contestada pelo anterior ou atual Reitor. Na reunião de 9 de outubro o CG aprovou por unanimidade uma recomendação a enviar ao Conselho de Curadores (o órgão interlocutor entre UP e Governo) para procedimento adequado. Entretanto, o Presidente do CG deu conhecimento de que iria enviar uma exposição escrita sobre o assunto ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Esse documento pode ser lida aqui:

1.1.  Integração na UP dos institutos de investigação prevista no art.º 11 do DL nº 96/2009 de 27 de Abril.

O Presidente do CG tomou a iniciativa de recordar que está legalmente prevista uma futura integração na UP dos Institutos de Investigação, pelo que considerou pertinente que o CG se venha a debruçar sobre o modo como isso se fará. Vários membros do CG se pronunciaram sobre a questão. O Reitor considerou que relação atual entre UP e Institutos de Investigação se deve manter, ou seja, a UP é apenas um entre os múltiplos membros de cada uma das Associações que foram constituídas para dar substrato legal aos Institutos de Investigação. No que respeita à partilha de recursos, o Reitor defendeu que a relação entre a UP e os Institutos de Investigação deve ser feita de acordo com o artigo 60º dos estatutos da UP, a saber:
Artigo 60.º, Cedência de recursos
Entre a Universidade do Porto e as estruturas de investigação e desenvolvimento
de que a Universidade seja associada, são estabelecidos protocolos dos quais devem constar, nomeadamente:
a) Os recursos humanos e materiais cedidos pela Universidade com vista ao funcionamento dos organismos de investigação;
b) As compensações recebidas pela Universidade do Porto como contrapartida da cedência dos recursos;
c) A entrega anual, às respetivas unidades orgânicas, dos conteúdos de um plano de
atividades e orçamento e do relatório de atividades e contas referentes à fração das suas atividades da responsabilidade dos docentes e investigadores cedidos pela Universidade do Porto.
O ponto de vista do Reitor recebeu o apoio implícito da generalidade dos membros do CG.

1.2.  Mecanismos de autoavaliação regular da U.P. (art.º 28 nº 2 o) dos Est./UP).
O Reitor informou que foram desencadeados, por decisão da Reitoria no início do mandato, processos de autoavaliação de mais de 70 cursos das várias Faculdades da UP. [Adenda pessoal: estes processos de autoavaliação implicam o preenchimento, em português e inglês, de longos formulários elaborados pela A3ES, e têm constituído, pelo menos no ICBAS, uma significativa sobrecarga de trabalho burocrático para os docentes e pessoal administrativo]. O Reitor comunicou que este processo de autoavaliação está em bom andamento e, em boa parte dos casos, próximo da conclusão da primeira fase.

1.3.  Processo de Eleição dos Membros do Conselho Geral Representantes dos Estudantes.
O Presidente do CG pediu aos representantes dos estudantes no CG informações sobre como estavam a ser organizadas estas eleições na Academia, incluindo a da escolha dos representantes dos estudantes no CG. O Presidente da FAP, Daniel Freitas, informou que eleições que deviam ser em fevereiro vão ser atrasadas para abril/maio. Vários membros do CG lastimaram a baixíssima percentagem de estudantes que participam habitualmente na eleição dos seus representantes e incentivaram os membros da FAP presentes no CG para que seja feito maior esforço juntos dos estudantes da UP para que participem mais ativamente nos atos eleitorais em que escolhem os seus representantes.

1.4.  Calendário das reuniões do CG para o ano 2016.
Foram aprovadas as seguintes datas para reuniões ordinárias do CG em 2016: 11 de março, 17 de junho, 14 de outubro e 9 de dezembro.

2.        Reitor: Assuntos gerais sobre atividade:
Adaptação dos Estatutos das Faculdades aos novos Estatutos da UP. O processo está a decorrer a ritmo diverso nas várias Escolas, desde Faculdades que já fizeram a publicação dos seus Estatutos revistos até outras que ainda não iniciaram o processo. O Reitor tem estado atento ao assunto e tem pedido informações sobre ele às várias Escolas.
Assinado acordo com a FEUP sobre os Museus da UP. Foi assinado acordo entre a Reitoria e o diretor da FEUP sobre este assunto.
Adjudicada da exploração da Casa Primo Madeira à Ibersol. Os edifícios e jardins (com autorização para instalação de tenda) que constituíam o antigo Circulo Universitário do Porto foram atribuídos para exploração pela empresa Ibersol (bem presente em áreas de serviço das autoestradas). Passará a chamar-se Clube Universitário do Porto, estará aberto ao público em geral, e fará um pequeno desconto aos funcionários da UP. A UP fica com acesso a uma “bolsa de espaço”, ou seja com possibilidade de ocupar alguns dos quartos dos dois edifícios para reuniões.
Casa de Pernambuco. A aprovação pelo CG da cedência dos direitos de superfície por 50 anos do terreno onde está construída a Casa de Pernambuco irá permitir que a Associação Casa de Pernambuco, presidida pelo benemérito luso-brasileiro, Sr. Zeferino Ferreira Costa, que custeou a maior parte da construção da Casa do Pernambuco, inicie em breve a reabilitação de um edifício que depois de construído esteve abandonado mais de uma década. Para assinalar a ressurreição da Casa de Pernambuco, o Sr. Zeferino Ferreira Costa desloca-se do Brasil para estar presente numa visita à Casa de Pernambuco no próximo dia 18 de dezembro ao fim da manhã, visita para a qual estão convidadas várias entidades.
Financiamento da Investigação na UP em 2016. Através da parceria com a Universidade do Minho e a UTAD, consagrada no consórcio U.Norte, a UP elaborou candidaturas em múltiplas áreas da ciência as quais foram submetidas à Comissão de Coordenação da Região Norte, a qual irá distribuir fundos para desenvolvimento regional que lhe foram atribuídos pela Comissão Europeia. O Reitor manifestou a sua legítima esperança de que dessas candidaturas resulte um forte financiamento, já em 2016, da investigação a realizar nas universidades que fazem parte da U.Norte.

2.1. Plano Estratégico da UP 2016-2020.
O Reitor comunicou que o Plano Estratégico da UP 2016-2010, da sua responsabilidade, se encontrou em discussão dentro da UP desde setembro. A sua versão final, que inclui sugestões que foram enviadas durante esse período de discussão, já foi fixada e foi enviada ao Senado. Alguns membros do CG solicitaram que essa versão final também fosse enviada ao CG.

3.        Prof. Doutor Artur Águas:
3.1. “Questões propostas ao Senhor Reitor para a reunião do CG de 11 de dezembro de 2015”.
1. Pediu o Reitor ao Governo para que seja cumprido o contrato de financiamento plurianual previsto no contrato assinado quando a UP passou a Fundação?
O Reitor associou-se ao pedido feito por escrito pelo Presidente do CG ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (citado acima).
2. Quantos protocolos (consórcios, acordos, etc) já assinou o Reitor desde que tomou posse? Quais foram os benefícios concretos desses acordos para UP durante o último ano?
Estão assinados 62 protocolos, mais 20 estão em processo de assinatura e cerca de 120 estão em preparação. A UP obteve cerca de 5 milhões de euros para encabeçar a gestão de vários destes protocolos de cooperação em que participa. O Presidente do CG solicitou ao Reitor que apresentasse ao CG uma lista completa destes protocolos, indicando aqueles que não se encontram ativos ou não conduziram a qualquer ação nos últimos cinco anos.
3. Qual o financiamento anual do I3S atribuído pela Reitoria?
Zero. A UP não financia o I3S.
4. Quando receberá o CG o plano de pormenor do Museu da UP?
Foi nomeado um conselho para acompanhar a criação dos novos museus da UP. É a ele que devem ser prestadas esclarecimentos. Não está prevista qualquer apresentação ao CG sobre os futuros museus até à sua inauguração.
5. Está o Reitor disponível para financiar apoio técnico de natureza financeira para assessorar independentemente a Comissão de Finanças e Orçamento do CG ?
A Reitoria tem nos seus quadros especialistas financeiros que põe à disposição da Comissão. Mesmo assim a Reitoria está disponível para considerar propostas do CG para pagamento de assessoria financeira independente.
6. Quais as inovações introduzidas pelo Reitor na UP até ao momento?
O Reitor considerou que seria incorreto ser ele próprio a falar das inovações por si introduzidas. Sugeriu a leitura do seu programa e dos seus planos anuais e estratégicos.

Para além das questões atrás citadas, por mim enviadas com duas semanas de antecedência em relação à data da reunião, pedi ao Presidente do CG para fazer a seguinte pergunta adicional ao Reitor:
Considera correto, tal com vem em notícia recente do JN, que os Serviços Sociais da UP (SASUP) gastem dinheiro a restaurar um espaço degradado para criar um restaurante com refeições a cerca de 10€ para profissionais de saúde e não para estudantes, os legítimos beneficiários da ação dos Serviços Sociais?
O Reitor considerou que a ação era legítima porque esta refeição não é subsidiada e porque considera que os professores e médicos da Faculdade de Medicina têm direito a um espaço digno para as suas refeições. Instados a pronunciarem-se os representantes dos estudantes no CG, o presidente da FAP, Daniel Feitas, afirmou que considerava completamente natural e legítimo o investimento da UP para criar um restaurante que não é destinado aos estudantes, mas sim a professores e médicos e lembrou que o mesmo já sucedera antes na FEUP (“Grill”). Recordei que os funcionários do novo restaurante são funcionários dos SASUP. A notícia do JN foi citada em post anterior deste blog e pode ser lida aqui:

3.2. “Reflexão sobre a experiência pessoal como membro do CG.”

O Presidente do CG anexou à Convocatória o documento por mim enviado e intitulado: “Dois Anos como Membro de CG: uma Reflexão Pessoal sobre as Conquistas e as
Disfuncionalidades do Órgão”. O documento está presente em post anterior deste blog e pode ser lido aqui:
O Presidente do CG não fez qualquer comentário ao conteúdo do documento, assim como nenhum membro do CG se pronunciou sobre o mesmo.

4.        Outros assuntos.
Não houve.

B. Ordem de trabalhos:

1. Aprovação da ata da reunião de 09 de outubro de 2015.
A ata foi aprovada por unanimidade e pode ser lida aqui:

2. Discussão e aprovação do orçamento provisório para 2016.
O orçamento provisório foi apresentado nos documentos que podem ler aqui:





O administrador da UP, Dr. José Branco esteve presente durante o tratamento deste ponto da agenda. Embora este ponto estivesse inscrito na convocatória, nenhum documento foi distribuído aos membros do CG até quarta-feira, dois dias antes da reunião. Esta falta de respeito pelos prazos mínimos de entrega de documentos (devem ser entregues uma semana antes da reunião, aquando da divulgação da convocatória) levou a que eu criticasse o procedimento porque me parece revelar pouca consideração da Reitoria pelo CG. O Presidente do CG afirmou que não considerou necessário pedir parecer prévio sobre o orçamento provisório à Comissão de Finanças, como é habitual, porque considerou tratar-se não do orçamento definitivo da UP para 2016 mas sim apenas do cumprimento de um procedimento burocrático: na ausência de Orçamento de Estado, as instituições públicas têm que inscrever em dezembro no sistema informático do Ministério das Finanças orçamento igual ao executado no ano anterior (2015) para que a gestão orçamental da universidade durante os primeiros meses de 2016 (até à publicação oficial do Orçamento de Estado de 2016) se faça por duodécimos. Questionado sobre a percentagem do orçamento da UP de 2016 que será destinado à Reitoria, o Dr. José Branco informou estar previsto que a Reitoria gaste 9% do orçamento geral da universidade.

3. Aposentação do Provedor de Estudante (aguarda parecer dos Membros do Conselho Geral
O Prof. Doutor Nunes Ferreira, Provedor do Estudante, comunicou que se aposentara a 26 de outubro mas que mantém a disponibilidade para exercer o cargo até ser nomeado o seu substituto. Foi deliberado solicitar indicação de nomes às Associações de Estudantes para mais tarde se fazer a nomeação.

4. Apreciação e aprovação da ”Proposta de Designação de dois membros do CDUP”
Foi aprovada a proposta da Comissão de Governação de designação do Prof. Doutor João Paulo Vilas-Boas e do Pró-Reitor, Prof. Doutor Fernando Remião.

5. Ratificação da retificação da “Propina do Estudante internacional”.
A proposta foi aprovada por unanimidade. A proposta pode ser lida aqui:


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Deliberações Oficiais da Reunião de 11 de Dezembro de 2015

CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 30.º dos estatutos da UPorto, convoco os membros do Conselho Geral para uma reunião extraordinária que terá lugar no dia 11 de dezembro de 2015, às 14:30, na Sala do Conselho da Reitoria da Universidade do Porto – Praça Gomes Teixeira, 4099-002 Porto, com a seguinte agenda:

A. Antes da ordem de trabalhos:
1. Presidente do CG:
1.1. Integração na UP dos institutos de investigação prevista no art.º 11 do DL nº 96/2009 de 27 de Abril.
1.2. Mecanismos de autoavaliação regular da U.P. (art.º 28 nº 2 o) dos Est./UP).
1.3. Processo de Eleição dos membros do Conselho Geral Representantes dos Estudantes.
1.4. Calendário das reuniões do CG para o ano 2016.

2. Reitor: Assuntos gerais sobre atividade:
2.1. Plano Estratégico da UP 2016-2020.

3. Prof. Doutor Artur Águas:
3.1. “Questões propostas ao Senhor Reitor para a reunião do CG de 11 de dezembro de
2015”.
3.2. “Reflexão sobre a experiência pessoal como membro do CG.”

4. Outros assuntos.
B. Ordem de trabalhos:
1. Aprovação da ata da reunião de 09 de outubro de 2015.
2. Discussão e aprovação do orçamento provisório para 2016.
3. Aposentação do Provedor de Estudante (aguarda parecer dos Membros do Conselho Geral
Representantes dos Estudantes).
4. Apreciação e aprovação da ”Proposta de Designação de dois membros do CDUP” (aguarda parecer da Comissão de Governação).
5. Ratificação da retificação da “Propina do Estudante internacional”.

As Deliberações Oficiais da Reunião da reunião podem ser lidas aqui:



quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

SASUP gastam €€€ a criar restaurante que não é para estudantes !

Segundo notícia do JN, os Serviços Sociais da UP acabam de inaugurar junto à Faculdade de Medicina um restaurante que não é para os estudantes (custo da refeição: 9,5€), mas sim para “os profissionais de Saúde”, segundo a diretora dos SASUP. O custo da remodelação do espaço andou pelas centenas de milhares de euros que poderiam ter sido usados, por exemplo, para reforçar o número de bolsas para estudantes carenciados. É irónico (e também doloroso) ver a diretora dos SASUP ser citada no final da notícia do JN que esta inauguração de restaurante, que não é para estudantes, se insere na comemoração do cinquentenário anos dos SASUP, já que foi “há 50 anos surgiu "o primeiro movimento de apoio aos estudantes", visto como "o embrião do serviço de ação social", que hoje em dia é representado pelo SASUP”.
Assim é política social da UP, assim é gasta a fatia do OE que cai na Reitoria da UP.
A notícia publicada no JN pode ser lida aqui:


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Feira da UP Volta ao Palácio em 2016?

Uma sugestão enviada por email ao Reitor e Equipa Reitoral na semana passada.

Exmo. Senhor Reitor e Exma. Equipa Reitoral,
O pavilhão do palácio de Cristal encontra-se em condição de utilização (veja-se anexo).
É um local mais apropriado, agradável e barato do que a Alfândega.
Por isso venho sugerir que futura Feira da UP 2016, a realizar no início da primavera, regresse ao Palácio.
Cumprimentos,
Artur Águas,
Membro do CG da UP
CC: membros do CG

O anexo pode ser lido aqui:


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Salvem a Palmeira dos Leões ! (a irmã já morreu)

Apelo que dirigi por hoje por email ao Reitor e à Equipa Reitoral:

Exmo. Senhor Reitor e Exma. Equipa Reitoral,
Uma das duas palmeiras da praça da  Reitoria está morta com a doença do escaravelho. A outra está sã, mas em risco de ser contaminada e de morrer também se não se fizer o tratamento preventivo. Custa pouco mais do que 100€ anuais. O que é isso comparado com gastos em eventos, galas, caterings, passeatas, etc ? Já agora é tempo de se comprar uma palmeira nova para substituir a já morta que dá um ar desolador aos Leões numa época em que até estão vibrantes.
Cumprimentos,
Artur Águas
PS: por favor não me digam que nada podem fazer porque a ação interfere com as competências da CMP; não sejam tão tipicamente lusitanos a esse ponto... (estou a apelar às "excelentes relações" entre UP e CMP...)

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Dois Anos como Membro de CG: uma Reflexão Pessoal sobre as Conquistas e as Disfuncionalidades do Órgão

Tomei a iniciativa de enviar ao Presidente e aos Membros do CG uma reflexão pessoal sobre a minha experiência no CG. Esta minha reflexão foi agendada pelo Presidente do CG para o período de antes da ordem de trabalhos da reunião de 11 de dezembro. Partilho aqui com a comunidade UP a minha análise crítica.

A meio caminho do meu mandato como conselheiro da UP, eleito em representação dos professores, é este o tempo que julgo oportuno para uma reflexão pessoal sobre o CG, sobre as suas conquistas e as suas disfuncionalidades.

CONQUISTAS DESTE CG

1. Derrota do Regulamento Aprovado pelo Anterior CG, o qual Propunha Substancial Perda de Autonomia das Faculdades

A primeira questão com que o atual CG se confrontou foi a implementação do “Regulamento da UP”, o qual tinha sido elaborado e aprovado pelo anterior CG. Esse documento previa uma transformação radical na governação da UP: a Universidade passaria a ter uma gestão de tipo empresarial, em que o Reitor seria o todo-poderoso CEO da empresa Fundação UP. Passaria a ser o CEO/Reitor a nomear e a demitir os diretores das Faculdades e determinar a distribuição do financiamento por cada Escola. Desprezava-se a tradicional autonomia das Faculdades, a troco da putativa “eficácia económica” neoliberal resultante de uma gestão centralizada no CEO/Reitor.

Tendo o novo CG tomado posse, foi evidente que era minoritário o apoio que o “Regulamento da UP” recebia por parte dos membros do novo CG. Mais importante do que isso, o presidente do CG empreendeu, por sua própria e muito louvável iniciativa, uma detalhada análise jurídica do “Regulamento da UP”, tendo elaborado um circunstanciado parecer em que identificou várias ilegalidades no documento, nomeadamente devido a conflito com o que está estabelecido no RJIES, a lei que regula o funcionamento das universidades públicas portuguesas.

O “Regulamento da UP”, por estar ferido de ilegalidade, foi definitivamente esquecido e assim derrotada a tentativa de transformar a governação da UP numa gestão centralizada, de tipo empresarial, menosprezando a autonomia das Faculdades.

2. Aprovação de Novos Estatutos da UP Consagrando a Autonomia das Faculdades

Sendo um dos atributos do CG a alteração dos Estatutos (desde que tenham passado pelo menos 4 anos sobre a sua última revisão) e, na sequência do encerramento do dossier do “Regulamento da UP”, foi julgado pertinente fazer uma reflexão aprofundada sobre os Estatutos da UP, alterando o que se julgasse necessário. Isso levou à elaboração de uma proposta de novos Estatutos para a UP, em que, nomeadamente, ficou consagrada a autonomia das Faculdades. Esta proposta de novos estatutos foi aprovada por unanimidade pelo CG. Nela ficou estabelecido que são as Faculdades quem escolhe o seu diretor, e que o orçamento de cada Faculdade não está sujeito a decisão discricionária por parte do Reitor.

Os novos estatutos da UP estão em consonância com o modelo democrático de gestão universitária que consagrou o princípio de subsidiariedade que inclui a autonomia financeira das Faculdades. De igual modo, a escolha dos dirigentes de cada Faculdade é feita por quem lhe está próximo, ou seja pelos membros da própria Faculdade, através dos seus representantes eleitos. Vale a pena recordar que o Estado atribui a cada Faculdade do Ensino Público um financiamento que é baseado no custo-padrão da formação de cada um dos seus estudantes, custo este que é definido pelo próprio Estado, o qual é multiplicado depois pelo número de estudantes da Escola, para finalmente se obter o montante financeiro total que é atribuído pelo Estado à Faculdade. Apesar do orçamento de cada Escola ser veiculado através da Reitoria da Universidade, esse financiamento é reflexo da decisão do Governo relativamente ao montante que corresponde a cada uma das Faculdades.

DISFUNCIONALIDADES DO CG

1. Desequilibrada Representação das 14 Faculdades no CG

No atual CG têm assento 12 representantes dos professores (para um total de 23 membros). Apenas metade (7 em 14) das Faculdades da UP estão representadas por professores seus no CG. Sete dos doze representantes dos professores no CG são de duas únicas Faculdades (4 de Engenharia e 3 de Medicina). Legalmente é possível aumentar o número de membros do CG, já que segundo o RJIES, o CG pode ter de 15 a 35 membros. É portanto possível que o número de representantes dos professores no CG seja igual ao das 14 Faculdades (envolvendo essa possível alteração um aumento proporcional dos representantes dos estudantes e dos funcionários não docentes no CG).

Feito este aumento, tornar-se-ia possível aprovar um novo regulamento eleitoral para o CG prevendo que cada Faculdade passasse a eleger o seu representante no CG. Ou seja, o CG seguiria a mesma lógica que foi adotada para o Conselho Europeu em que cada país, grande ou pequeno, tem um único representante neste conselho. Aquando da Revisão do Estatutos da UP pelo atual CG, fiz uma proposta de aumento para 14 do número de representantes dos professores no CG para no futuro passarmos a ter todas as Faculdades representadas no CG. A minha proposta não foi aceite porque vingou a filosofia de que os professores eleitos para o CG não representam as Faculdades, mas sim a Universidade em geral. Lembrei que cada professor que faz parte do CG foi eleito, quase em exclusivo, com os votos dos professores da sua própria Faculdade (todos os votos que me elegeram foram do ICBAS, e todos os professores do CG, sem exceção, foram eleitos com pelo menos 95% de votos de professores da sua própria Escola). Contra a minha proposta foi também apresentado o argumento de que já existe um Conselho na UP que segue a lógica de Uma Faculdade/Um Representante (o dos Diretores de Faculdade). Esquece-se que o Conselho de Diretores é um órgão meramente consultivo, não elege o Reitor, um atributo do CG, nem tem poderes deliberativos, como os que são exercidos pelo CG.

2. Perigos da Eleição do Reitor por um Reduzido Colégio Eleitoral

Sendo o Reitor eleito pelo CG, a acima referida desequilibrada representação das Faculdades no CG poderá também desequilibrar a eleição do Reitor a favor das Faculdades mais representadas no CG. Poderá ser uma mera coincidência, mas o atual Reitor é professor da Faculdade com maior número de representantes no reduzido colégio eleitoral que o escolheu. Acresce que os membros externos à UP que pertencem ao CG são escolhidos por proposta e voto dos membros da UP eleitos para o seu CG, havendo assim o perigo de se refletir nesta escolha a assimétrica representação que as Faculdades têm no CG.

É também problemático que, sendo o Colégio Eleitoral do Reitor constituído apenas por 23 elementos que, antes do último ato eleitoral, tenhamos assistido a lobbying por parte de vários dos candidatos junto de cada um dos membros do CG (é que são apenas esses 23 votos que contam para a eleição do Reitor!). Isso não dignifica o cargo, nem a Universidade. Seria preferível retirar ao CG o atributo de eleger o Reitor, sendo o Reitor antes eleito por um colégio eleitoral alargado e constituído por várias centenas de representantes provenientes de todas as Faculdades da UP, como foi prática na nossa Universidade até à aprovação do RJIES (o Reitor era escolhido pelo voto secreto dos membros da antiga Assembleia de Universidade).

3. Planos de Ação Anuais, Quadrianuais e Estratégicos Longos, Palavrosos e não Sujeitos a Escrutínio a Posteriori. Apenas um Cumprimento Masoquista da Lei?

A aprovação de Planos de Ação ou de Estratégia do Reitor (anuais ou para o quadriénio) é uma exigência legal do RJIES, que naturalmente tem que ser cumprida, mas cujo benefício para Universidade é difícil de perceber. Têm estes Planos constituído extensos documentos de árdua leitura, apesar do moderno grafismo e da qualidade de produção com que são apresentados. É que no grosso das suas páginas, estes Planos reúnem sobretudo os textos enviados pelas várias Faculdades (que, ao fazê-lo, estão também a obrigar-se a uma tarefa de que não anteveem benefício para as suas Escolas). As contribuições das várias Faculdades para os vários Planos da UP são bastante assimétricas (vão, por exemplo, desde 41 da FEUP e da FMUP, a 3 da FCUP e 1 da FCUP). O texto do primeiro terço de cada um destes Planos é da autoria da Reitoria que aí faz essencialmente uma compilação, em quadros cumulativos, dos dados enviados por cada Faculdade, a que se junta uma série de modernos “scoreboards”.

O que é apresentado como Plano para o ano seguinte (ou para o quadriénio) é um texto longo e permeado de clichés generalistas do género “a Universidade irá promover o ensino e a investigação”, sem depois se precisar quais as medidas concretas para se atingirem essas enunciadas boas intenções. Contém também cada um destes Planos um conjunto de quadros com “scoreboards” que propõem metas numéricas a atingir pela UP nos anos seguintes. Contudo, findo o ano e recolhidos os dados do exercício anual, não é feito um relatório crítico que compare e interprete as eventuais diferenças entre o que foi atingido e o que ficara previamente almejado nos “scoreboards”.

Na realidade, sejamos práticos, poucos serão aqueles que leem estes Planos, para além dos técnicos administrativos que os têm que compilar e escrever. Se estes Planos não servem na prática para orientar a gestão da UP e das suas Faculdades, pergunta-se: para quê perder tempo a elaborar e a aprovar longos Planos que apenas compilam lugares comuns? Se é só para cumprir a lei, que se façam planos curtos; é que para inglês ver, 20 pgs chegam. Bem sei que a elaboração de longos relatórios cheios de vacuidades, e sem nenhuma consequência sobre o real, é uma das manias nacionais. Respeitando este nosso traço cultural, exigido pela nossa peculiar legislação, não será de bom senso que não se perca demasiada energia e tempo com o que é apenas o cumprimento de um requisito burocrático?

A pouca importância real dos Documentos de Plano e/ou Estratégia da UP é reflexo da orgânica da nossa Universidade que saudavelmente considera, através do seus Estatutos, que as suas Faculdades devem beneficiar de autonomia de governação (escolhem diretamente os seus dirigentes) e financeira (os seus orçamentos são definidos pelo Governo através da aplicação de fórmulas próprias). Um “copy and paste” dos Planos de cada Faculdade seria o suficiente.

Tendo a Reitoria limitadas as suas atribuições financeiras e de governação pela autonomia das Faculdades, mesmo assim poderia ir para além da sua tradicional função de representação institucional, dedicando-se a criar e a promover iniciativas aglutinadoras que empolguem e dinamizem a Academia como um todo. E o CG poderia servir como um fórum, entre outros, para a proposição, apresentação e discussão dessas novas iniciativas da comunidade UP. Mas não o é: o CG é convocado só para cumprir a obrigação de votar os estritos documentos que exigem legalmente o seu voto.

4. Deficiente Fiscalização pelo CG da Gestão do Reitor

Segundo o RJIES (art.82º, e), “compete ao CG apreciar os atos do reitor ou do presidente e do conselho de gestão”. Ou seja, o CG é o garante perante toda a UP de que existe um órgão atento às decisões do Reitor e que as pesa. Trata-se de uma competência importante mas que é, no entanto, praticada com parcimónia na UP. Desde logo porque a maioria dos membros do seu CG aceita o ponto de vista de que as 4 reuniões anuais “ordinárias” (ou seja: o número mínimo que a lei exige) são suficientes para “apreciar os atos do Reitor”. Reuniões extraordinárias, para além das 4 “ordinárias”, só ocorrem quando o Reitor pede a sua convocação, e ele só o faz quando a isso é obrigado por a lei isso lhe exigir, em cumprimento de prazos, a aprovação pelo CG de vários documentos. Em cada reunião, é habitual ser “Informações do Reitor” o primeiro ponto da agenda. Durante cerca de meia hora, o Reitor apresenta então a lista das atividades cumpridas durante o último trimestre, sem que o CG seja informado sobre as atividades que planeia executar no trimestre seguinte.

Para “apreciar os atos do reitor […] e do conselho de gestão”, o CG devia reunir mensalmente com o Reitor e com o conselho de gestão para assim ser informado por estes órgãos sobre o que acaba de ser decidido e sobre o que se pretende realizar no mês seguinte. Na situação atual, o Reitor recebe a chancela de que a sua gestão está sujeita à supervisão e aprovação do CG, já que este, legalmente, aceitou, ao ser empossado, a responsabilidade de “apreciar os atos do reitor […] e do conselho de gestão”. Na realidade o CG nunca recebeu qualquer ata das reuniões do conselho de gestão, nem é possível, com reuniões de periodicidade trimestral, verdadeiramente apreciar com cuidado a gestão do Reitor e da sua equipa reitoral. Em conclusão: na prática, há apenas uma incompleta “apreciação dos atos do reitor […] e do conselho de gestão” pelo CG. Em minha opinião, a lei, no que a isto respeita, não é cumprida na sua inteireza.

5. Incompetência Técnica do CG para a Fiscalização dos Orçamentos Propostos pelo Reitor

Uma das competências mais sérias do CG é a de aprovar o Orçamento da UP, o qual lhe é proposto pelo Reitor. Ao aprovar, sempre sem alterações, o orçamento do reitor, o CG torna-se o garante da sua legalidade e da sua adequação à UP, assim tranquilizando a Academia que fica com a ideia de que existe um órgão que analisa criteriosamente o documento orçamental.

Acontece que o CG não tem capacidade técnica para fazer essa fiscalização: não há um único especialista em economia/finanças no CG e, apesar de isso ter sido sugerido em várias reuniões ao Reitor, nunca teve o Reitor a iniciativa de dotar o CG de meios técnicos independentes, da área de economia e finanças, que permitam a assessoria da Comissão de Finanças e Orçamento na redação do seu parecer sobre propostas orçamentais. O presidente desta Comissão tem tido a louvável iniciativa de pedir por favor a dois professores da Faculdade de Economia para graciosamente elaborarem dois pareceres sumários, para assim ser ultrapassada a incompetência técnica dos membros desta Comissão na escrita do relatório de apreciação da proposta de orçamento submetida pelo reitor.

Para ser sério, o trabalho de análise de qualquer proposta orçamental pela Comissão de Finanças e Orçamento necessitaria de um par de assessores técnicos independentes (poderiam ser dois estudantes de doutoramento em finanças da Faculdade de Economia) que periodicamente estivessem disponíveis, a troco de remuneração e não apenas fazendo um favor, a serem consultados pelos membros da Comissão. Na situação atual, a Comissão e o CG votam e aprovam documentos orçamentais que não têm capacidade técnica para escrutinar. É um faz de conta, com a desculpa de mau pagador de o CG não querer atrasar ou bloquear o funcionamento da Universidade. Confesso mea culpa por eu próprio ter participado neste simulacro de fiscalização.

Confirmando a incompetência técnica da Comissão para qualquer fiscalização orçamental ou financeira, é pertinente recordar que na reunião do CG do passado dia 16 de janeiro, o Presidente do CG considerou que seria adequado a Comissão de Orçamento e Finanças passar a apresentar trimestralmente ao CG um relatório do acompanhamento do plano anual de atividades, execução orçamental e controlo; e inteirar-se do andamento de eventuais contratos de fornecimento de serviços com entidades privadas ou até públicas da Universidade, tarefas estas que a Comissão nunca cumpriu, devido à sua manifesta incapacidade técnica para a tarefa, como acima referido.

Esta falta de efetiva fiscalização financeira é particularmente importante quando a UP tem visto na última década um progressivo crescimento da percentagem do orçamento da Universidade que é destinado a gastos da sua Reitoria (a Reitoria já é a segunda “Faculdade” da UP, logo depois da FEUP, em gastos anuais). É que o que a Reitoria gasta é deduzido do bolo financeiro a distribuir pelas Faculdades. Não será legítimo imaginar que com uma Reitoria gastando o que a Reitoria gastava há uma década, e não o que gasta agora, a UP passaria a ter disponibilidade financeira para criar uma nova Faculdade?


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O Reitor, enquanto Reitor, não deve publicitar opiniões politico-partidárias

Crítica minha, enquanto conselheiro da UP, ao Reitor enviada por email há dois dias (dando conhecimento aos membros do CG).

Exmo. Senhor Reitor,

O cidadão Sebastião Feyo de Azevedo, como todos nós, tem todo o direito de expressar as suas opiniões politico-partidárias, afirmando-se publicamente contra um potencial governo de esquerda unida; o Prof. Catedrático da UP, idem. O Reitor da Universidade do Porto, assinando como Reitor da UP, pelo contrário, deve eximir-se de expressar publicamente as suas opiniões politico-partidárias publicitando-as em letra de forma, como o fez no artigo publicado pelo JN de 3 de novembro , porque o Reitor representa toda a Universidade onde coexistem as mais diversas opiniões politico-partidárias. O artigo pode ser lido aqui: 


Nem deve o Reitor da UP, em modos de conclusão, somar a sua voz à“nossa sociedade civil (para) exercer, sob várias formas, um magistério de influência sobre os políticos que elegeu, que limite os excessos e que combata a radicalização, sem o que não existe esperança de desenvolvimento” (citação do penúltimo discurso do Presidente da Republica?).

Estou certo que um bom número de membros da UP não se revê na interpretação que o Reitor da UP faz dos tempos atuais: “um recrudescimento da luta ideológica, como não víamos desde o Verão Quente de 1975, que se projeta num crescendo de intervenções públicas, cheias de intelectualidade (qual é o mal?), sugerindo que quem não ler por esta cartilha do momento é de ‘direita’, uma dicotomia que causa os maiores arrepios a quem conheceu e viveu a história do pré e pós-25 de Abril, um clima intolerável para as almas livres”.

Como conselheiro da UP, eleito pelo voto universal dos meus pares, venho aconselhar o Senhor Reitor a que não faça intervenções públicas de teor politico-partidário na sua condição de Reitor da UP. Se assinar “Sebastião Feyo de Azevedo, prof. Catedrático, reitor da Univ. do Porto”, nada terei a apontar-lhe.

É que nem todas as “almas livres” da UP tem fobia a um governo de esquerda unida.

Com os meus melhores cumprimentos,
Artur Águas

CC: membros do CG.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Reunião do CG de 9 de Outubro de 2015

 A reunião foi convocada com a seguinte agenda
A. Antes da ordem de trabalhos:
1. Presidente do CG: Tomada de Posse do novo membro do Conselho Geral.
Atas do Conselho Geral e do Conselho de Curadores.
2. Reitor: Assuntos gerais sobre atividade.
3. Prof. Gabriel David: “Conclusões da reunião com a Vice-Reitora Maria João Ramos”.
4. Prof. José Manuel Amarante: “ Implementação dos Estatutos da U.P”.
5. Prof. Artur Águas: “Questões propostas ao Senhor Reitor para a reunião do CG de 9 de outubro de
2015”.
6. Outros assuntos.
B. Ordem de trabalhos:
1. Ratificação da aprovação da criação dos “Consórcios Médicos da UP”.
2. Recomendação ao Conselho de Curadores (artº 82 nº 1 f) do RJIES) para diligenciar junto do
Governo pela concretização da continuação do regime fundacional deliberada por este CG,
designadamente pela implementação das clausulas 7ª e 8º da contrato- programa plurianual e
propor ao Governo a modificação dos Est./Fundação UP ( artº 13 ) no sentido do reitor informar
regularmente o CG e o CC da execução desse contrato e das eventuais prorrogações , bem como
da eficácia do relacionamento desses dois órgãos ,entre si e com o reitor. (Remete-se para as
recomendações do relatório de avaliação do período experimental de 5 anos do regime fundacional
aprovado em 13 de março pelo CG).
3. Análise e aprovação de proposta de transação entre a U.Porto e a Junta de Freguesia de
Paranhos.

Antes da Ordem de Trabalhos:

O Presidente começou por informar que irá propor por email a data das 4 reuniões anuais ordinárias do CG para 2016; os membros do CG se pronunciar-se-ão depois sobre as suas incompatibilidades relativamente a essas sextas-feiras. Lembrou que a próxima reunião ordinária está marcada para 11 de dezembro. Eu recordei que tinha enviado um email a todos os membros do CG sugerindo que, para que o CG acompanhe com maior aptidão a gestão do Reitor, as reuniões passassem a ser mensais. O Presidente informou-me que a lei prevê 4 reuniões ordinárias anuais e que as reuniões extraordinárias só poderão ser convocadas numa das 3 seguintes circunstâncias: (i) por decisão do Presidente; (ii) por proposta do Reitor (aceite pelo Presidente); (iii) por proposta subscrita por pelo menos um terço dos membros do CG.

O Presidente informou que ele e o Reitor tiveram uma reunião com o novo Conselho de Curadores (CC) para o informar sobre a UP e o seu CG. O CC considerou que deveria ser fomentada a partilha de informação entre CC e CG, através de troca de ordens de trabalhos, atas e outros documentos, e sugeriu ao Reitor que seria útil receber relatório sobre o património imobiliário devoluto da Fundação UP, sobre os seus custos de manutenção e sobre os seus planos de alienação. O novo CC solicitou também ser informado sobre a dívida atual da UP e de cada uma das suas Faculdades.

Foi de seguida dada posse a novo membro do CG em representação dos estudantes.

O Presidente decidiu alterar a sequência dos assuntos agendados para “Antes da Ordem de Trabalhos”, começando pelos pontos 3 e 5.

Ponto 3: Prof. Gabriel David: “Conclusões da reunião com a Vice-Reitora Maria João Ramos. Na sua condição de presidente da Comissão de Investigação, Internacionalização e Inovação do CG, o Prof. Gabriel David pediu audiência à Senhora Vice-Reitora que o esclareceu sobre várias questões ligadas à Investigação. Ele próprio elaborou um levantamento sobre os resultados práticos para a UP da recente avaliação que a FCT fez às Unidades de Investigação. Esse estudo foi apresentado ao CG e permitiu várias conclusões, de que cito três:
(i)                 Em relação à anterior avaliação feita pela FCT, o financiamento de investigação na área das Ciências Sociais foi claramente diminuído agora, enquanto a percentagem de financiamento para as Ciências da Saúde e da Vida e para as das Engenharias aumentou.
(ii)               A UP apresenta uma percentagem de Unidades de Investigação com classificação de excelente ou muito bom que é superior à da média nacional.
(iii)             Existem casos claros de não correlação entre a produtividade científica de Unidades de Investigação e o financiamento que lhes é atribuído pela FCT.
A Vice-Reitora Maria João Ramos comunicou ao Prof. Gabriel David que se encontra em fase adiantada de negociação com outras universidades do consórcio U.Norte para a elaboração de propostas de grandes projetos em quatro grandes áreas.

5. Prof. Artur Águas: “Questões propostas ao Senhor Reitor para a reunião do CG de 9 de outubro de 2015”. O Presidente determinou que este ponto seria concretizado do seguinte modo: eu próprio leria, todas de seguida, as 12 perguntas (enviadas há mais de uma semana a todos os membros do CG, incluindo o Reitor), e o Reitor responderia depois, sem ser interrompido, a todas essas questões. Apresento de seguida as minhas 12 perguntas e o essencial das respostas do Reitor.

  1. Foi assinado pela Reitoria o contrato dos 75.000€ com a APDL relativo a ocupação de espaço no terminal de cruzeiros pelo CIIMAR ?
O contrato foi assinado e nele o papel da UP é o de fiador no caso do CIIMAR não pagar o aluguer de 75 000€ anuais à APDL pelas soberbas instalações que estão localizadas no terminal de cruzeiros de Leixões. O Reitor acrescentou que o Mar é uma sua prioridade, já anunciada na sua candidatura. Mais: é política da Reitoria da UP financiar centros considerados essenciais e portanto o eventual suporte da investigação em Ciências do Mar enquadra-se nesta filosofia que se concretiza todos os anos através do financiamento em 350 000€ do Centro de Competências e em 200 000€ do Centro de Materiais, a que se junta a recente assinatura de apoio ao I3S (feito com os acordo de todos os diretores de Faculdade).

  1. Vai a Reitoria concretizar o programa de financiamento transitório de unidades de investigação que perderam o financiamento da FCT? O assunto foi referido pelo Reitor na reunião do CG de 24 de abril de 2015 quando, no início da reunião e como é habitual, o fez updating das atividades da Reitoria (em relação ao tema Subsídio Extraordinário para Unidades de Investigação, comunicou o seguinte: a UP está a ultimar a atribuição de um subsídio que andará à volta de 250€/doutorado nas unidades que receberam classificação de “poor”; 500€/doutorado para que as foram classificadas como “fair”, e 750€ para as classificadas como “good”). Trata-se situação urgente porque há áreas de investigação que ficaram sem quaisquer recursos, tendo a FCT afirmou que só fará reavaliação das unidades de investigação em 2017.
A Reitoria já atribuiu um pequeno financiamento às Unidades de Investigação da UP classificadas com “Fair” ou “Poor” pela FCT.

  1. Irá ser criado na UP um programa de bolsas de doutoramento, tal como o fez recentemente a UL?
A UP não tem disponibilidade financeira para um programa desse género.
  1. Que progressos fez a Reitoria para que a Casa de Pernambuco abra num futuro próximo?
A UP assinou a escritura de cedência de terreno à Associação da Casa de Pernambuco. Todo o processo é agora da inteira responsabilidade desta Associação, nomeadamente a realização de obras de reabilitação de um edifício que esteve mais de uma década fechado após ter sido construído. Deslocou-se ao Porto um professor da Universidade de Pernambuco a inteirar-se da situação.

  1. Sobre os gastos da Reitoria. A Reitoria da UP durante o 1º trimestre de 2015 gastou quase 603 mil euros em ”Catering e avenças com pessoas coletivas (classificação económica 0202020 - outros trabalhos especializados). Nesta rubrica incluem-se também despesas relativas a serviços técnicos, nomeadamente de informática, pelo que não é possível individualizar (ver DL 26/2002, em anexo)” ? A extrapolação anual deste montante dará mais de 2 milhões de euros para esta rubrica no orçamento da Reitoria para 2015. Será possível ser fornecida uma explicação mais concreta do que a que foi oferecida pelo senhor administrador da UP em relação a estes gastos?
É errado querer com o enunciar desta questão dar a falsa ideia que o “catering” é responsável por montante significativo desta rubrica das contas da Reitoria. Nesta rubrica, o “catering” é uma despesa menor (46 000€), sendo que as avenças com pessoas coletivas que fornecem serviços à UP corresponde ao montante mais importante. É preciso fazer a descriminação das despesas desta rubrica para compreender como são gastos os seus montantes [comentário meu: essa descriminação foi por mim solicitada ao administrador da UP na primavera passada, sem nenhum sucesso]

  1. Considera o Reitor que há praxes estudantis que não envolvem “coação psicológica” dos estudantes (como afirma no seu recente comunicado), e por essa razão merecendo a bênção do Reitor?
O Reitor disse estranhar a minha pergunta porque o despacho que fez este ano sobre as praxes segue exatamente o documento aprovado por unanimidade pelo CG no ano passado, aprovação que incluiu o voto favorável de quem fez a pergunta.

  1. Feito o restauro da frontaria da Reitoria, porque não ativar o mesmo recurso (outdoor publicitário) para que, sem custos para a UP, sejam restauradas as outras três paredes do edifício, ou só a cara merece estar limpa e sem rugas?
O Reitor considerou a pergunta uma completa falta de coerência pessoal de quem a fez, tendo em conta que eu me exprimi na altura contra o tapar da fachada da Reitoria pelo outdoor publicitário, não compreendendo de todo que eu agora venha propor um método semelhante para o restauro das outras paredes do edifício da Reitoria. Comentei: “citando Mário Soares: só os burros não mudam de opinião, e eu mudei”.

  1. Foi assinada parceria de colaboração entre UP e a vereação da Cultura da CMP?
Não foi assinada qualquer parceria. A UP tem apenas um acordo com a CMP para cedência temporária do Rivoli, mas tem muito boas relações com a CMP.

  1. Quando conhecerá o CG o programa de pormenor dos novos Museus da UP?
As obras para o Museu da UP no edifício da Reitoria estão em grande ritmo. [quando quis visitar esta semana os museus da FCUP situados na Reitoria foi-me dito que estão fechados] Foi obtido um acordo com a FCUP relativamente aos Museus da UP. [pedi ao Reitor para estar atento ao processo de contratação dos 6 bolseiros para o Museu da UP e suas eventuais irregularidades]

  1. Quando se realizará o Congresso da UP?
Será realizado a 26-28 de outubro de 2016.

  1. Está extinto o processo de criação da Orquestra Filarmónica da UP?
O Reitor afirmou nunca ter proposto a criação de uma “Orquestra Filarmónica da UP” mas sim de uma “Orquestra Académica da UP”. Para a sua criação está em negociação com a orquestra académica da FEUP. [De facto, o Reitor não propôs uma “Orquestra Filarmónica” nem uma “Orquestra Académica”, mas sim uma “Orquestra Clássica”: “Estudarei empenhadamente a viabilidade da criação da Orquestra Clássica da Universidade do Porto;” (pg.49 do programa de candidatura)].

  1. Como já o sabíamos, a Reitoria é a hoje a segunda "Faculdade" da UP (logo depois da FEUP) em gastos anuais. O que eu não conhecia, e me é transmitido por um dos slides da página 18 do documento em anexo (apresentação do Reitor aos Conselho de Curadores), é que o ritmo de crescimento dos gastos da Reitoria é bastante superior ao dos gastos de qualquer faculdade, sendo a atividade da Reitoria subsidiária da das faculdades. Aqui vão os números:
2010- 9 312
2011- 2 207
2012  - 2970
2013- 13 458
2014- 17 499
a). Acha o Senhor Reitor razoável que os gastos da Reitoria tenham crescido 23% entre 2013 e 2014 ?
b) Tem o Reitor uma estratégia para descer os custos exagerados da Reitoria para os níveis de outras universidades (entre 6 a 8% do orçamento total) ?
c) Por curiosidade, qual a razão da brutal elevação de gastos da Reitoria entre 2012 (2 970) e 2013 (13 458) ? [o Senhor Administrador da UP, que já o era nesse período, poderá oferecer a resposta a esta pergunta].
O Reitor acusou-me de fazer uma pergunta acusatória à Reitoria com base num erro grosseiro meu de interpretação de quadro que ele utilizou em exposição oral que fez ao Conselho de Curadores da UP. De facto, foi um erro meu interpretar esse quadro, que reproduzia a transferência anual de saldos da Reitoria (valores transcritos acima), e pensar que se referia aos gastos anuais da Reitoria da UP. Este erro já foi assumido por mim no post anterior, que afixei logo após a reunião do CG da passada sexta-feira, no qual se recorda que o orçamento da Reitoria da UP é de percentagem superior ao das outras reitorias de grandes universidades nacionais.

Sala do Conselho da Reitoria com novo mobiliário. Ofereci a minha opinião e solicitei um esclarecimento relativamente ao novo arranjo e mobiliário que encontrei na Sala do Conselho. De facto, esta Sala agora apresenta uma nova mesa metálica quadrangular que delimita um enorme espaço morto no seu interior onde se vê uma grande carpete cinzenta. Ficamos todos mais afastados entre si, mas com microfone individual. Cada dois lugares à volta da mesa tem agora um écran fixo de computador, as cadeiras são novas, acolchoadas e móveis (têm rodinhas!). Em minha opinião, disse ser incomodativo ter a visão dos outros presentes parcialmente cortada pelos écrans de computador (tinha sido sugerido, quando o Reitor falou nesta obra de remodelação da Sala do Conselho, que os écrans de computador seriam reclináveis, mas não o são); manifestei saudades pela antiga mesa longa de madeira que nos dispunha todos mais próximos uns dos outros, sem estarmos espaçados pelo espaço morto central e sem necessidade de microfone. Faz lembrar uma reunião da CE. Eu sou o único membro do CG que não apreciou a remodelação da Sala já que no final da reunião a obra foi sujeita a um voto de louvor ao Reitor que só não foi unânime por minha causa. A meu pedido, o Reitor informou os presentes que a obra de remodelação da Sala dos Conselhos custou 50 000€ e foi resultado de projeto elaborado pelo arquiteto Manuel Maria Reis.

2. Reitor: Assuntos gerais sobre atividade.

O Presidente do CG passou agora ao ponto 2, mais curto do que antes previsto pelo facto do Reitor já ter referido vários dos assuntos gerais da UP nas suas respostas às perguntas anteriores, razão porque fora alterada a ordem da agenda.
O Reitor referiu ter elaborado uma proposta de Programa Estratégico da UP até 2020 que se encontra aberto a discussão dentro da UP através de um fórum na internet no site da UP. A versão final desse documento será depois submetida ao CG.
Se for possível elaborar antes de dezembro uma Proposta de Orçamento da UP para 2016, será convocada reunião extraordinária do CG para o próximo mês.
O processo de adequação dos Estatutos de cada Faculdade aos novos Estatutos da UP está a decorrer em cada Escola.
Está também a decorrer o processo de eleição para parte dos elementos do Senado.
O Reitor referiu que a UP se pode orgulhar do seu lugar nos rankings internacionais e forneceu um documento súmula dessa informação que pode ser lido neste link:

A situação da Associação Porto Digital (pedido de indeminização de uma construtora) está finalizado, no que respeita pelo menos à UP.
O CRSCUP (serviços partilhados da UP) elaborou contratos de serviços que foram submetidos à consideração das várias Faculdades. A maioria das direções de Faculdade da UP (9 em 14) assinou esses contratos para serviços totais ou parciais propostos pelo CRSCUP. A maior das Faculdades da UP (FEUP) não assinou contrato com o CRSCUP por considerar que, sendo uma faculdade de enorme dimensão, já tem na própria Escola todos os serviços de que necessita, não precisando assim de se socorrer aos serviços à distância fornecidos pelo CRSCUP.

6. Outros assuntos.

O Presidente perguntou se algum membro do CG queria trazer mais questões à consideração do Conselho. Foram levantados os seguintes problemas: (i) os Profs. Convidados poderem ser alvo de exigência de horário semanal excessivo (16 hrs/semana), o que é incorreto; (ii) acontece com frequência a violação dos prazos para a realização de provas académicas em várias Faculdades; (iii) está a haver morosidade na transposição dos novos Estatutos da UP para os Estatutos das várias Faculdades. Para todas estas questões foi pedida a intervenção do Reitor.

Ordem de Trabalhos:

1. Ratificação da aprovação da criação dos “Consórcios Médicos da UP”.
O Presidente informou que a aprovação destes consórcios na requeria a formalidade legal de ser aprovada pelo CG. O Reitor fez o historial deste processo, nomeadamente o facto de os documentos que foram propostos para assinatura lhe terem sido propostos em agosto e com caráter de urgência. Tratando-se esta criação de dois consórcios académico-hospitalares um assunto potencialmente benéfico para a UP e para duas das suas Faculdades (ICBAS e FMP), e dada a sua urgência, o assunto foi tratado com toda a celeridade em agosto, cortando parte dos dias das curtas férias do Reitor, e as assinaturas entre UP e Ministério da Saúde realizadas em ato público no início de setembro.

2. Recomendação ao Conselho de Curadores (artº 82 nº 1 f) do RJIES) para diligenciar junto do Governo pela concretização da continuação do regime fundacional deliberada por este CG, designadamente pela implementação das clausulas 7ª e 8º da contrato- programa plurianual e propor ao Governo a modificação dos Est./Fundação UP (artº 13 ) no sentido do reitor informar regularmente o CG e o CC da execução desse contrato e das eventuais prorrogações , bem como da eficácia do relacionamento desses dois órgãos, entre si e com o reitor. (Remete-se para as recomendações do relatório de avaliação do período experimental de 5 anos do regime fundacional aprovado em 13 de março pelo CG).
O Presidente do CG elaborou este documento que lembra que com a passagem a Fundação, UP assinou um protocolo como o Ministro Mariano Gago que previa o incentivo da universidade receber anualmente cerca 5 milhões de euros adicionais (“programa plurianual de financiamento” das universidades que aceitaram o estatuto de Fundação). Este contrato nunca foi honrado pelos Governos que se sucederam àquele a que pertenceu Mariano Gago. Em termos legais, o contrato continua válido e a UP tem o dever de relembrar ao Governo atual, e ao próximo, essa quebra unilateral de contrato entre Governo e UP. O Presidente considerou que este assunto devia ser endereçado ao Conselho de Curadores já que é o órgão interlocutor da UP com o Governo. Trata-se de um assunto que o Presidente considera muito importante para a UP e que, embora tenha sido ignorado pela UP ao longo dos anos, considera ser seu dever moral relembrar à universidade que deve defender os seus direitos legais.
Esta recomendação pode ser lida neste link:

A recomendação elaborada pelo Presidente do CG recebeu o prévio parecer favorável da Comissão de Governação, parecer que pode ser lido neste link:

A proposta de recomendação foi aprovada por unanimidade pelo CG.

3. Análise e aprovação de proposta de transação entre a U.Porto e a Junta de Freguesia de Paranhos.
O Reitor informou que se trata de um pequeno terreno sem interesse para a UP e que será vendido a preço justo à Junta de Freguesia de Paranhos.

A proposta foi aprovada por unanimidade.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Reunião de 9 de Outubro de 2015

As deliberações oficiais desta reunião podem ser lidas no seguinte link:


Quadro Abaixo (e não Acima) Mal Interpretado por Mim


Quadro Acima Mal Interpretado por Mim

Na reunião de hoje do Conselho Geral, o Reitor disse-me que o Quadro acima (cujo valores numéricos levei para discussão na reunião) tinha sido grosseiramente mal interpretado por mim. E tem toda a razão! Já que me explicou que o Quadro transcreve os saldos que passaram de ano para ano, e não os gastos anuais das Faculdades e da Reitoria. Por este meu lapso, peço aqui desculpa ao Reitor e a quem lê este blog.
A este propósito gostaria de recordar que orçamento anual para 2014 das Faculdades e da Reitoria da UP está ilustrado neste blog num quadro do “post” de 29 de abril de 2015. Da análise desse quadro se deduz, como na altura sublinhei, que a Reitoria gasta anualmente uma percentagem maior do orçamento da UP (acima de 12%) do que gasta a maioria das reitorias de outras universidades nacionais (6-8%). A explicação do Reitor da UP para esta diferença percentual é a Reitoria ser responsável por um maior número de serviços partilhados (CRSCUP) que servem todas as Faculdades da UP, do que aquilo que acontece em outras universidade. Assim, a maior fatia de despesas da Reitoria terá o efeito virtuoso de aliviar os gastos das várias Escolas da UP.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Reitoria Gasta Mais 23% em 2014 do que em 2013

Neste domingo foi-me reencaminhado pelo Presidente do Conselho Geral um email do Reitor da UP relativo a apresentação que fez recentemente ao Conselho de Curadores da UP. Nesse email, o Reitor referia que enviava em anexo um conjunto de slides que ilustraram a sua apresentação, slides reunidos num documento com o título “UP em Números 2014”. No seu email o Reitor sugeria que o email e esse documento fossem divulgados juntos dos membros do CG, com a indicação de se tratar de  “UP em Números 2014”, documento que poderão usar para divulgação da UP”.

É desse documento que faço aqui a divulgação do quadro referente à evolução dos gastos da Reitoria e das Faculdades da UP entre 2010 e 2014, já que considero preocupante que os gastos da Reitoria da UP tenham crescido 23% entre 2013 [13 458] e 2014 [17 499] (para já não falar do conhecido facto da Reitoria ser a 2ª “Faculdade” em gastos na UP, logo a seguir à FEUP; isto enquanto outras reitorias se limitam a gastar entre 6 e 8% do orçamento total das suas universidades). Obviamente, trata-se de uma questão que já pedi para ser agendada para discussão na próxima reunião do CG, a realizar a 9 de outubro.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

O Planetário da UP Merece Ser Visitado !

O Planetário do Porto, vizinho do Teatro do Campo Alegre, reabriu há poucos meses, depois de obras de reabilitação. Pude aí assistir a dois espetáculos muito interessantes, sobretudo pelas excelentes explicações que nos foram dadas pelos jovens cientistas que nos serviram de guia e que, após a projeção do vídeo inicial, nos ensinaram a explorar o céu do Porto.
É muito louvável que o Planetário da UP ofereça não só 3 sessões diárias, como tenha 2 sessões abertas ao público nas tardes de fim-de-semana e de feriado.
Os bilhetes de adulto não são baratos (5€); talvez os estudantes e funcionários da UP merecessem um desconto, assim como o serem alvo de ações de incentivo a visitar o seu Planetário (por exemplo: fazer a oferta de um bilhete, requerendo marcação prévia, a todos os caloiros, poderia ajudar a recrutar novos públicos).

Os Teatros Municipais do Porto oferecem um desconto de 40% aos estudantes e funcionários da UP e parece-me lógico que o mesmo devia ser adotado pelos espaços expositivos situados na UP em relação aos seus estudantes e funcionários. É que mesmo pertencendo ao “Ciência Viva”, o Planetário está localizado em terrenos que julgo serem da UP.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Um Bom Exemplo: UL Cria 163 Bolsas de Doutoramento

Transcrito da página da UL:
 “Assistiu-se, nos últimos anos, a uma forte redução no financiamento das unidades de investigação e da formação pós-graduada por parte das entidades públicas de apoio à Ciência e Tecnologia, com um impacto negativo para a Universidade e para o País. A Universidade de Lisboa, reconhecendo a importância que o financiamento dos estudantes de pós-graduação tem para o desenvolvimento do sistema económico e científico, promove a abertura de um concurso para atribuição de bolsas de doutoramento, destinado a estudantes inscritos, ou aceites, num ciclo de estudos de doutoramento da ULisboa.(…) Estão abertas as candidaturas para atribuição de 163 bolsas de doutoramento da Universidade de Lisboa (ULisboa), distribuídas por 73 áreas de conhecimento.”

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Miguel Cadilhe Eleito Presidente do Conselho de Curadores da UP

Através de mensagem dirigida ao Presidente do CG, os membros do CG foram informados do seguinte pelo Senhor Reitor:
“Na sequência de informação anterior sobre a reformulação da composição do Conselho de Curadores da Universidade do Porto, cumpre-me informar que os membros deste órgão de governo, em reunião de 13 de julho de 2013, elegeram o Dr. Miguel José Ribeiro Cadilhe como Presidente do Conselho de Curadores.
O Conselho de Curadores da Universidade do Porto tem agora a seguinte composição:
Dr. Miguel Cadilhe (Presidente), licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da U.Porto e antigo Ministro das Finanças;
Dra. Eugénia Aguiar Branco, licenciada em História pela Faculdade de Letras da U.Porto e Diretora-Geral da Fundação Eng. António de Almeida;
Eng.º José Manuel Fernandes, licenciado em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia da U.Porto e Presidente do Conselho de Administração da FREZIGEST;
Eng.º Manuel Ferreira de Oliveira, licenciado em Engenharia Eletrotécnica pela Faculdade de Engenharia da U.Porto, antigo professor catedrático da FEUP e antigo CEO da Galp Energia;
Dra. Odete Patrício, licenciada em Economia pela Faculdade de Economia da U.Porto e Diretora-Geral da Fundação de Serralves.

Recordo que ao Conselho de Curadores compete, entre outras funções, aprovar os Estatutos da Universidade, homologar as deliberações do Conselho Geral relativas à designação e destituição do Reitor, ou nomear e destituir o Conselho de Gestão. Cabe-lhe ainda propor ou autorizar a aquisição ou alienação de património imobiliário da instituição, e, ainda, homologar as deliberações do Conselho Geral sobre questões estratégicas.”