Autocitando-me: “Ao menos
atribua aos docentes da UP a pontuação de “bom”,
como me dizem ter acontecido na Universidade de Coimbra, uma universidade que
também aceitou participar na farsa, mas não aproveitou o teatro para desclassificar
os seus professores”, como se pode ler
aqui:
quarta-feira, 30 de março de 2016
terça-feira, 29 de março de 2016
Primeiro Ato da Farsa da Avaliação de Docentes pela Reitoria da UP
Recebi hoje carta que me
enviou o meu Diretor em que ele afirma estar apenas a cumprir as ordens da
Reitoria da UP. A carta pode ser lida aqui:
Aí se diz que a Reitoria
da UP decidiu que, não tendo sido os professores avaliados entre 2004 e 2014,
estes docentes receberiam mesmo assim uma pontuação como se tivessem sido
avaliados. Eu até pensei: não estou a ler bem (pontuação de avaliação sem ter
havido avaliação? não pode ser, estou a interpretar mal a carta do Diretor…) e
pedi a um colega que me confirmasse o que estava escrito na dita missiva.
Ele confirmou: afinal era
mesmo farsa !
Não tendo os docentes sido avaliados entre 2004 e
2014, a Reitoria decidiu que receberiam a pontuação mais baixa atribuível a uma
avaliação positiva (1 ponto que corresponde a “desempenho suficiente”). Reitoria dixit: os professores da “melhor
universidade de Portugal” são
fraquinhos, um suficientezinho é a classificação de desempenho que melhor
os carateriza os docentes da UP.
Porque não nos deixamos
de brincadeiras e de andarmos a fazer de conta? Ou se a Reitoria quer
participar no fazer de conta, ao menos atribua aos docentes da UP a pontuação
de “bom”, como me dizem ter acontecido
na Universidade de Coimbra, uma universidade que também aceitou participar na
farsa, mas não aproveitou o teatro para desclassificar os seus professores.
quinta-feira, 17 de março de 2016
Reitoria Venderá Em Breve Imóveis Devolutos
Na última reunião do CG,
11 de março, o Reitor informou que a UP irá vender em breve, através de hasta pública,
um conjunto de imóveis que pertencem à Universidade e que se encontram
devolutos. Da venda destes imóveis prevê-se que a UP arrecade acima de 9 milhões
de €. Apresento de seguida uma breve relação destes imóveis:
Praça Coronel Pacheco nº33
Rua da Boa Hora nº18
Armazém SASUP
Escritório, Rua José Falcão nº118
Rua Miguel Bombarda nº243 nº245.
Viela da Carvalhosa
Colégio Almeida Garrett
Faculdade de Farmácia (antigo
edifício)
Os Estudantes Que se Adaptem: Dizem os Conselhos Pedagógicos e a Reitoria
Os Presidentes dos
Conselhos Pedagógicos (CPs), reunidos com o vice-reitor da tutela, decidiram
que era bom para os professores terem
todo o mês de julho e o final de junho sem quaisquer tarefas de ensino (a
partir de 23 de junho, aulas e avaliações são proibidas no próximo ano letivo)
para se poderem dedicar em exclusivo a outras tarefas, nomeadamente aquelas que
têm levado à conquista de inumeráveis prémios Nobel pela academia portuense.
Tendo perguntado ao
Reitor na última reunião do Conselho Geral (11 d março) se concordava com a
necessidade dos professores passarem no próximo ano letivo, a partir de 23 de
junho, a não ensinar e a não fazer exames, ele respondeu-me que estava plenamente
de acordo com o princípio de libertar os professores no fim de junho e em todo
o julho para outras tarefas, tal como foi decidido por todos os CPs e pelo
vice-reitor da tutela. Isto implica que todas as épocas de avaliação dos
estudantes vão ser reduzidas a metade.
Resultado: os estudantes que façam exames uns em cima
dos outros (foi decretada pela Reitoria a redução para metade das semanas para
épocas de exame no próximo ano letivo), e diminua-se em uma ou duas semanas as
aulas semestrais (ao critério dos professores/investigadores de cada Escola).
Quando era tão simples os
CPs e a Reitoria não serem prepotentes: bastava terem aprovado que o ano letivo na UP vai de 1 de setembro a
31 de julho, deixando a cada Faculdade a escolha do calendário que seria mais
apropriado à sua Escola.
Mas a Reitoria odeia as palavras DESCENTRALIZAÇÃO e SUBSIDIARIEDADE e adora a
escrita de novos REGULAMENTOS. A UP
está a ficar cada vez mais dominada pelo espírito
dos burocratas que ditam regras para dificultar a vida a funcionários e
estudantes.
Devem sentir-se
importantes a restringir e a proibir !
terça-feira, 15 de março de 2016
O Meu Dia da Universidade
Será a um sábado, para os
profs não dizerem: “não haverá aula porque é o dia da Universidade”.
Não haverá desfile de
corujas negras a lembrar antigos cortejos da Inquisição.
A Universidade já terá
substituído as togas negras por togas azuis, a cor do Porto.
A Universidade ter-se-à
unido à Cidade no logotipo: em azul e dizendo Porto.Universitas dentro de uma esquadria também azul.
Não haverá discursos, nem
orações de sapiência, nem outros chatos eventos para conforto de narcisismos
unipessoais.
Serão entregues os “Prémios
do Reitor” pelo próprio que explicará publicamente porque escolheu os
galardoados entre a comunidade da Universidade.
Nessa noite, todas as Faculdades
terão “Flower Powers”!
segunda-feira, 14 de março de 2016
Correção: O 1º Provedor do Funcionário da UP foi o Dr. Paulo Gusmão a que se seguirá a Provedora Maria João Cardoso
O Dr. Paulo Gusmão termina
o seu mandato no próximo 12 de abril. Só depois será Provedora do Funcionário
da UP, a nossa colega Maria João Cardoso que desempenhou um papel central na
criação da Comissão de Trabalhadores da UP.
Maria João Cardoso: Primeira Provedora do Funcionário da UP
Uma nova era de consideração
pelos direitos dos funcionários da Universidade do Porto foi inaugurada na sexta-feira
passada com a eleição pelo Conselho Geral de Maria João Cardoso, técnica de
informática da Faculdade de Economia, como primeira Provedora do Funcionário da
UP.
Tal como acontece com o
Provedor do Estudante, a nova Provedora terá apoio técnico da UP para o exercício
das suas funções.
Naturalmente, será criado
um email próprio da Provedora do Funcionário da UP. Entretanto o email
profissional da Provedora na Faculdade de Economia é o seguinte:
mjc@fep.up.pt
A carta de motivação da
Provedora do Funcionário pode ser lida aqui:
Um curto perfil
biográfico de Maria João Cardoso pode ser lido aqui:
sexta-feira, 11 de março de 2016
Reunião de 11 de Março
As Deliberações Oficiais da reunião podem ser lidas aqui:
Agenda Reunião:
Nos
termos do artigo 30.º dos estatutos da UPorto, convoco os membros do Conselho
Geral para uma reunião extraordinária que terá lugar no dia 11 de março de
2016, às 14:30, na Sala nova de reuniões do Edifício FC2 (onde se localiza o
Departamento de Química e Bioquímica) da Faculdade de Ciências da Universidade
do Porto – Rua do Campo Alegre, s/n, 4169-007 Porto, com a seguinte agenda:
A.
Antes da ordem de trabalhos:
1.
Presidente do CG:
1.1.
Encontro dos Presidentes dos Conselhos Gerais da Universidades Portuguesas.
1.2.
Processo de Eleição dos membros do Conselho Geral Representantes dos
Estudantes.
1.3.
Solicitar ao reitor que informe o CG sobre quantos imóveis da Fundação estão
desocupados e quais os custos permanentes do sua manutenção e ou conservação,
bem como se há um plano para os alienar e reinvestir o produto financeiro em
investimento nos termos do artº 8º do DL nº 96/2009 (e-mail de 2 de outubro não
teve resposta).
1.4.
Encontro com as 4 fundações já existentes e as Universidades que se proponham
obter o Estatuto de Fundação no sentido de tomarem posição conjunta sobre a
efetiva implementação do regime fundacional, designadamente dos contratos
programa plurianuais.
1.5.
Marcação da reunião extraordinária para a aprovação das contas individuais da
U.Porto 2015.
2. Reitor:
Assuntos gerais sobre atividade
2.1.
Exposição pormenorizada do orçamento para 2016.
2.2.
Conjunto de orientações gerais para aprovação por este Conselho que sirva de
suporte à implementação do art.º 60 dos Estatutos da UP (ata da reunião do CG
de 11 de dezembro).
2.3. Nos
termos do art.º 19 dos Estatutos da UP, apresentação de uma proposta de
eliminação dos protocolos/consórcios que se encontram inativos e uma proposta
de integração daqueles que entretanto já foram aprovados. (ata da reunião do CG
de 11 de dezembro).
2.4.
Mecanismos de autoavaliação regular da U.P. (art.º 28 nº 2 o) dos Est./UP) -
apresentação de um relatório sobre o assunto, para aprovar não só o manual de
qualidade previamente apresentado como simultaneamente pronunciar-se sobre
aquilo que já foi feito (ata da reunião do CG de 11 de dezembro).
3. Prof.
Doutor Artur Águas:
3.1.
“Questões propostas ao Senhor Reitor para a reunião do CG de 11 de março de
2016”.
4. Outros
assuntos.
B.
Ordem de trabalhos:
1.
Apreciação e aprovação do Plano Estratégico da UP 2016-2020 (aguarda pareceres
das comissões permanentes de “Governação”; “Planeamento e Financiamento”;
“Investigação, Inovação e Internacionalização” e “Ensino, Qualidade e
Avaliação” do Conselho Geral).
2.
Nomeação do Provedor do Estudante (aguarda indicação de nomes pelas associações
de estudantes da UP para se proceder à designação do sucessor do Provedor de
Estudante (n.º2, art.º 5.º do Regulamento do Provedor do Estudante da UP).
3.
Nomeação do Provedor do Funcionário Não Docente e Não Investigador (aguarda
parecer da comissão permanente de Governação do Conselho Geral).
4.
Fixação dos valores das propinas para o ano letivo 2016/2017 (aguarda remessa
do Reitor e subsequente parecer da comissão de Ensino, Qualidade e Avaliação).
5.
Apreciação e aprovação do Plano de Atividades para 2016 (aguarda pareceres das
comissões permanentes de “Governação”; “Planeamento e Financiamento”;
“Investigação, Inovação e Internacionalização” e “Ensino, Qualidade e
Avaliação” do Conselho Geral).
1. Presidente do CG:
1.1. Encontro dos Presidentes dos
Conselhos Gerais da Universidades Portuguesas.
O Presidente fez um breve
relato fundamentado num relatório que enviara ao CG e que pode ser lido aqui:
1.2. Processo de Eleição dos membros
do Conselho Geral Representantes dos Estudantes.
Os atuais representantes
dos estudantes no CG informaram que todos eles irão ser substituídos após o próximo
próximo sufrágio pelos colegas que venham a ser eleitos, e que esta era a última
reunião do CG em que participaram. Foi aprovado por unanimidade um voto de
louvor pelo trabalho desenvolvido por estes conselheiros que agora cessam o seu
mandato.
1.3. Solicitar ao reitor que informe
o CG sobre quantos imóveis da Fundação estão desocupados e quais os custos
permanentes do sua manutenção e ou conservação, bem como se há um plano para os
alienar e reinvestir o produto financeiro em investimento nos termos do artº 8º
do DL nº 96/2009 (e-mail de 2 de outubro não teve resposta).
O Reitor informou que os
imóveis cuja alienação fora aprovada há mais de um ano pelo CG, serão vendidos
em hasta pública no próximo mês. O Prof. Carlos Afonso lastimou que o projeto
que tinha arquitetado e apresentado ao Reitor para criação do maior Museu da Saúde
nas antigas instalações da Faculdade de Farmácia (rua Aníbal Cunha) ficasse
assim inviabilizado. O Reitor argumentou que os 4 milhões de € que a venda
poderá render é uma fatia importante dos quase 30 milhões de € que a UP precisa
para fazer várias obras (Faculdade de Economia, Belas Artes, Nutrição, etc). O
Prof. Carlos Afonso organizará nova apresentação de projeto de Museu da Saúde.
1.4. Encontro com as 4 fundações já
existentes e as Universidades que se proponham obter o Estatuto de Fundação no
sentido de tomarem posição conjunta sobre a efetiva implementação do regime
fundacional, designadamente dos contratos programa plurianuais.
O Reitor anunciou que em
breve os 4 reitores se irão reunir.
1.5. Marcação da reunião
extraordinária para a aprovação das contas individuais da U.Porto 2015.
Ficou marcada para 22 de
abril.
2. Reitor: Assuntos gerais sobre
atividade
2.1. Exposição pormenorizada do
orçamento para 2016.
O Reitor fez exposição e
sujeitou-se a perguntas. Artur Águas pediu-lhe para ter acesso ao contrato de
140.000 € de assessoria sobre “Conceção de Museu da UP” paga ao Prof. Jorge Lubinski,
verba que estava indicado em documento que o Reitor lhe enviara previamente, na
pg. 3 do documento que pode ser lido aqui:
O Reitor disse que Artur Águas
se enganara ao ler esse documento porque não estava lá escrito que havia contrato
assinado, tendo apenas o valor de 100.400€ sido “apalavrado” com o Prof. Jorge
Lubinski, não havendo ainda contratualização.
Quanto à não utilização pelo
Reitor da fórmula do governo na distribuição das verbas da UP pelas Faculdades,
referiu o Reitor que optou pelo histórico com a concordância de todos os
diretores de Faculdade com exceção de um deles que repudiou a decisão. Mais
informou que foi criada uma comissão que reúne vários diretores de Faculdade
que irá criar uma fórmula mais adequada para a futura distribuição do
financiamento da UP pelas Faculdades.
Artur Águas citou que se o
valor de “Recuperação de Custos” (516.271€, na pg. 2 do documento) indica o montante
cobrado pelo CRSCUP por serviços realizados às Faculdades, esse montante é de
cerca de 15% do orçamento do CRSCUP (4.173.324€), o que poderá indicar que o
CRSCUP trabalha essencialmente para a Reitoria e só residualmente fazendo
serviços às as Faculdades. Esta interpretação não recebeu qualquer comentário.
2.2. Conjunto de orientações gerais
para aprovação por este Conselho que sirva de suporte à implementação do art.º
60 dos Estatutos da UP (ata da reunião do CG de 11 de dezembro).
2.3. Nos termos do art.º 19 dos
Estatutos da UP, apresentação de uma proposta de eliminação dos
protocolos/consórcios que se encontram inativos e uma proposta de integração
daqueles que entretanto já foram aprovados. (ata da reunião do CG de 11 de
dezembro).
2.4. Mecanismos de autoavaliação
regular da U.P. (art.º 28 nº 2 o) dos Est./UP) - apresentação de um relatório
sobre o assunto, para aprovar não só o manual de qualidade previamente
apresentado como simultaneamente pronunciar-se sobre aquilo que já foi feito
(ata da reunião do CG de 11 de dezembro).
O documento pode ser lido
aqui:
3.1. “Questões propostas ao Senhor
Reitor para a reunião do CG de 11 de março de 2016”.
Estas questões versavam
no essencial o orçamento e já foram respondidas acima.
4. Outros assuntos.
O Reitor anunciou que
tinha sido convidado para fazer uma conferência na Sorbonne na próxima segunda–feira
sobre um tema de educação.
B. Ordem de trabalhos:
1. Apreciação e aprovação do Plano
Estratégico da UP 2016-2020 (aguarda pareceres das comissões permanentes de
“Governação”; “Planeamento e Financiamento”; “Investigação, Inovação e
Internacionalização” e “Ensino, Qualidade e Avaliação” do Conselho Geral).
Este assunto foi alvo de
longa discussão e o Presidente decidiu adiar a sua votação.
2. Nomeação do Provedor do Estudante
(aguarda indicação de nomes pelas associações de estudantes da UP para se
proceder à designação do sucessor do Provedor de Estudante (n.º2, art.º 5.º do
Regulamento do Provedor do Estudante da UP).
Os representantes dos
estudantes pediram mais tempo para proporem um candidato ao lugar.
3. Nomeação do Provedor do
Funcionário Não Docente e Não Investigador (aguarda parecer da comissão
permanente de Governação do Conselho Geral).
A Dra. Maria João Cardoso
foi eleita para o cargo. A carta de motivação da candidata eleita pode ser lida
aqui:
Um seu curto perfil biográfico
pode ser lido aqui:
4. Fixação dos valores das propinas
para o ano letivo 2016/2017 (aguarda remessa do Reitor e subsequente parecer da
comissão de Ensino, Qualidade e Avaliação).
Foram mantidos os mesmos
valores do ano passado.
5. Apreciação e aprovação do Plano
de Atividades para 2016 (aguarda pareceres das comissões permanentes de
“Governação”; “Planeamento e Financiamento”; “Investigação, Inovação e Internacionalização”
e “Ensino, Qualidade e Avaliação” do Conselho Geral).
Devido ao adiantado da
hora, o assunto foi adiado.
140.000 € Foram “Apalavrados” Mas Ainda Não Contratualizados
O Reitor disse que Artur Águas se enganara ao ler a pg. 3 do documento que lhe enviara e que pode encontrado aqui:
Afirmou o Reitor que na pg. 3 do documento não está escrito que tenha sido assinado um contrato de 140.000 € com o Prof. Jorge Lubinski para assessorar a “Conceção do Museu da U.Porto”, clarificando que o que tinha acontecido é que tinha sido “apalavrado” com o Prof. Jorge Lubinski um futuro pagamento de 140. 000 € para assessorar a “Conceção do Museu da U.Porto”, pelo que o pedido que Artur Águas fizera de acesso ao contrato não fazia qualquer sentido. Li de seguida e em voz alta o texto da pg. 3 do documento perante o Conselho e sugiro que também o façam (o link para o documento está acima). O Reitor aproveitou para afirmar que este blog está cheio de erros e mentiras.
quarta-feira, 9 de março de 2016
Mudar U.Porto como Logotipo da Universidade do Porto
Sugestão enviada por email ao Senhor Reitor:
U.Porto, o quê?
Perguntar-se-ão os que, não conhecendo a Universidade do Porto, olham para o
logotipo U.Porto.
Una-se a UP ao design
escolhido pela sua cidade, e passe a Universidade a ter logotipo que inclua a
azul Porto. (dentro, claro, de
esquadria também a azul)
Que tal Porto.Universitas ? A azul e dentro de
esquadria a azul.
Estou certo que o
Presidente da Câmara não objetaria a que a Universidade partilhasse o logotipo Porto.
Ganhava em visibilidade a
Universidade e, também, a cidade do Porto.
Orçamento da UP para 2016: Uma Análise Pessoal.
A informação que o Senhor
Reitor me enviou em resposta às minhas perguntas permitem um visão geral das escolhas orçamentais da reitoria da UP para
2016 e podem lidas aqui:
Sobre esta informação orçamental
apresento de seguida os meus comentários.
1. A Reitoria da UP gasta como uma grande/média Faculdade.
Não é novidade: já é
assim há vários anos. Os 11.3% do orçamento da UP que são despendidos
pela Reitoria põe, em gastos anuais, a Reitoria logo atrás da Faculdade
de Engenharia e da Faculdade de Medicina. A Reitoria que gastava menos do que 5%
do orçamento da UP no tempo do Reitor Novais Barbosa, consome agora uma boa
fatia financeira que poderia ser redistribuída pelas Faculdades. É que a
Reitoria não ensina nem faz investigação científica, as duas finalidades
essenciais de qualquer Universidade! Dir-me-ão que esta subida dos gastos da
Reitoria é virtuosa porque poupa dinheiro às Faculdades já que uma parte dos
gastos será na oferta de serviços de apoio às Faculdades (4,4% para a UPdigital, i. e.,
Sigarra [quase 5 milhões de €]; 3,7%
para o CRSCUP, para apoio jurídico e de gestão financeira [um pouco
mais do que 4 milhões de €]). A dependência das Faculdades dos serviços
informáticos e jurídicos/gestão financeira da Reitoria é sempre, por mais
virtuosa que seja, uma dependência. Retira autonomia às Escolas e pode
infantilizá-las (por exemplo: dirá a Reitoria a um diretor de Faculdade, “se
quer você fazer a total gestão financeira da sua Escola, faça-o, mas depois terão
que sair do seu bolso os montantes despendidos pela Escola que o Tribunal de
Contas não venha a aceitar”).
2. As receitas próprias da Reitoria são em boa parte pertença de
outras instituições da UP e transitam
através dos serviços da Reitoria.
As receitas próprias da
Reitoria para 2016 excedem os 24 milhões de €. No entanto, estas
receitas fazem parte do “mapa de fluxos de caixa provisional”.
Olhando para os items que compõem estas receitas próprias, constata-se que os
valores mais substanciais transitam através da Reitoria para outras
instituições da UP (de que são exemplo as verbas da FCT, de Projetos, ERASMUS e outros
programas de mobilidade). As Faculdades da UP têm que fazer um esforço
continuado de aumento das suas receitas próprias através do recrutamento de
estudantes para os seus vários programas educacionais, para que assim possam
sobreviver economicamente. São as Faculdades a responder saudavelmente ao
mercado, dirão. A Reitoria retira a sua talhada do orçamento geral para a UP e assim
a
Reitoria não está sujeita a pressões do mercado que a obrigue a ir procurar receitas
próprias para reforçar o seu orçamento. É um privilégio de que a
Reitoria goza e que não existe para qualquer Faculdade da UP.
3. A Reitoria fez contenção de gastos em assessores e consultores.
Em comparação com o observado
em anos anteriores a Reitoria fez um louvável esforço de contenção de gastos em
assessores e consultores. A única nota discordante são os 140.000
€ pagos ao Prof. Jorge Wagensberg Lubiski para assessorar a “Conceção do Museu
da U.Porto”. Este é um montante avultado mas que poderá ser explicado
pela leitura do contrato. É possível que o contrato obrigue à elaboração de
projetos de arquitetura, de relatórios de acompanhamento, de sugestões técnicas
sofisticadas, etc. Da leitura do contrato, o que já requeri ao Reitor, se
poderá retirar as conclusões apropriadas.
4. Despesas da Reitoria com deslocações e estadias difíceis de
interpretar a partir dos Quadros
4 e 5 que me foram fornecidos.
À minha pergunta sobre “o
valor previsto para 2016 em gastos pela equipa reitoral em viagens, hotéis e
refeições” recebi os quadros 4 e 5 que tenho dificuldade
em interpretar, porque neles se separam, sem explicação circunstanciada, as
despesas em 3 items (“U.Porto”; “Reitoria” e, dentro deste, “Dos quais, Equipa
Reitoral”). O valor indicado para viagens e estadias sob o item “U.Porto”
surge uma verba próxima de 2,5 milhões de € para 2016, o que me faz
presumir que corresponde a gastos de deslocações e estadias de toda a
Universidade (já que a Equipa Reitoral tem orçamento anual de 1,2 de €, ou
seja, metade do montante anteriormente citado). Segundo o Quadro 3 a
“Reitoria” gastará cerca de 300 mil € em deslocações e estadias, sendo que
apenas 10% desse montante (24 mil €) correspondem a gastos “Dos quais, Equipa
Reitoral”. É de facto, para mim, difícil interpretar estes números e as
minhas presunções anteriores sobre os mesmos poderão estar totalmente erradas.
5. Reitor não seguiu a fórmula aprovada pelo governo na
distribuição das verbas do
orçamento da UP pelas suas várias Faculdades.
O Reitor elaborou um
quadro, honra lhe seja feita!, que reporta como seriam distribuídas as verbas pelas
várias Faculdades se fosse aplicada a fórmula de custos por estudante que foi
aprovada pelo governo. No entanto, o Reitor decidiu não aplicar
taxativamente essa fórmula, mas sim seguir o “histórico” dos
financiamentos atribuídos às Faculdades em anos anteriores. Ao aplicar o”
histórico” a maioria das Faculdades recebeu montantes semelhantes aos que se deduzem
da aplicação da fórmula, com exceção de duas Escolas: a FEUP e o ICBAS. A
FEUP receberá em 2016 menos 10% do que deveria receber e o ICBAS receberá menos
17%. Ou seja, no que se refere à minha Escola, o ICBAS, para
formar um mesmo estudante de medicina o ICBAS receberá 17% menos financiamento
do que a FMP. O diretor do ICBAS repudiou essa descriminação da Escola,
em reunião de diretores de Faculdade com o Reitor, e comunicou essa rejeição da
decisão da Reitoria por email a todos os docentes do ICBAS, nos termos que podem
ser lidos aqui:
Resultado: como o ICBAS
está em desigual aperto orçamental, os seus professores e funcionários têm uma
carga de trabalho imensa e há mais de 10 anos que não é concedida uma licença
sabática. É a injustiça “histórica” que já vem do tempo do Reitor Marques dos Santos
e que o atual Reitor decidiu não emendar.
sexta-feira, 4 de março de 2016
Reitor Esclarece Orçamento da UP para 2016 em Resposta a Perguntas Minhas
No final de 2015 foi
convocada de urgência uma reunião extraordinária do CG para aprovar (ou não) a
proposta de Orçamento da UP para 2016 submetida pelo Reitor, como é exigido por
lei. O Reitor, por falta de informação governamental, elaborou uma proposta sumária
de orçamento de página única. Foi por ele invocado que era necessário que o CG
aprovasse esse rascunho de página única de orçamento para 2016 porque, caso não
houvesse aprovação formal de um orçamento de 2016 ainda em 2015, a UP corria o
risco de não poder pagar salários em 2016. O CG aceitou as circunstâncias
excecionais e aprovou a proposta de orçamento da UP para 2016 de página única. O
Reitor comprometeu-se a detalhar o orçamento, que iria concretizar mais tarde,
na reunião seguinte do CG (11 de março), assunto que está agendado para a reunião
da próxima semana. Obviamente esse é que será o orçamento concreto para 2016, mas
já não estará sujeito a voto. No sentido de, como membro do CG, obter alguns esclarecimentos
precisos sobre o orçamento da UP para 2016, enviei por email as seguintes
perguntas ao Senhor Reitor e ao Senhor Administrador da UP:
1. Quais os valores orçamentais, em
separado, da equipa da Reitoral, do CRSCUP e da UP Digital e de receitas
próprias da Reitoria?
2. Qual é o valor do orçamento da UP destinado à Reitoria (incluindo
o CRSCUP, a UP Digital e em receitas próprias ? Qual é a percentagem do orçamento da Reitoria (incluindo o CRSCUP,
a UP Digital e receitas próprias)
no orçamento total da UP ?
3. Quais compromissos herdados e assumidos pela UP com investimentos e
apoios a obras ou institutos de interface?
4. Qual a origem das receitas próprias da Reitoria ?
5. Quanto gasta a Reitoria em consultores? Quem são os consultores nominais e empresariais com contrato com a
Reitoria da UP? Qual o valor do contrato
de assessoria realizado pela UP com o Prof. Jorge Wagensberg Lubinski ?
6. Qual o valor previsto para 2016 em
gastos pela equipa reitoral em viagens,
hotéis e refeições?
7. Qual a origem das receitas próprias da Reitoria ?
8. Qual o fundamento da distribuição do orçamento da UP pelas suas várias
Faculdades? Porque não foi seguido o
mapa apresentado pelo Reitor com base em fórmula anteriormente aprovada ?
O Senhor Reitor respondeu às
minhas perguntas através do documento que pode ser lido aqui:
quarta-feira, 2 de março de 2016
140.000 € !
Foi quanto pagou a UP ao Prof. Jorge Wagensberg Lubinski,
que foi diretor da CosmoCaixa de Barcelona até há 11 anos e que se encontra
aposentado, pela assessoria na “Conceção do Museu da U.Porto”. Esta informação foi-me
dada por escrito pelo Senhor Reitor em resposta a pergunta minha, feita como membro
do CG. Mais refere que “para o ano de 2016 ainda não há qualquer contrato formalizado
com o Professor Doutor Jorge Wagensberg Lubinski”. 140.000 € é o salário de um
professor catedrático em exclusividade durante 3 anos. Há aposentados com sorte
!
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