segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Mostra da UP volta ao Palácio de Cristal !

Ao contrário do ano passado, a Mostra da UP não será na Alfândega do Porto. Volta ao Palácio de Cristal de 17 a 20 de março, poupando as finanças da UP e  sobretudo oferecendo melhores condições de segurança rodoviária para quem nos visita, e também de acesso e estacionamento das numerosas camionetas que trazem os estudantes do secundário que nos visitam. Às vezes até parece que são ouvidos os meus antigos apelos, como os que podem ser lidos aqui.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Vice-Reitor Explica Calendário Letivo (seguido de resposta minha)

Caro Professor Artur Águas,

Agradeço-lhe as mensagens e o interesse nesta questão, bem como a oportunidade para explicitar algumas questões relativas ao calendário escolar aprovado para a Universidade para 2016/2017.

Em primeiro lugar gostaria de o tranquilizar relativamente ao que interpreto serem as suas principais preocupações:
   número de semanas de avaliação – a proposta em causa permite manter exatamente as mesmas 5 semanas que estão nas recomendações em vigor ao longo dos últimos anos, caso optem pelo mínimo também proposto de semanas letivas. Apenas é recomendado que, na medida do possível, se tente deixar alguns dias livres no final desse período para permitir aos docentes concluir as correções e publicações das notas e aos estudantes alguns dias de pausa entre o fim dos exames do primeiro semestre e o início das aulas do segundo semestre. No entanto, nalgumas Faculdades haverá limitações várias que não o permitam fazer e isso está acautelado. Todavia, deveríamos fazer um esforço para reduzir, no futuro, o número de semanas de avaliação, tentando valorizar o trabalho contínuo de estudantes e evitar a concentração dos processos de avaliação nos finais de semestre.

   Autonomia e especificidades das Faculdades – o calendário aprovado mantém a possibilidade de cada Faculdade poder propor um calendário com ligeiras alterações face ao proposto para toda a Universidade. Foi pedido aos Conselhos Pedagógicos que o fizessem durante este mês e que, caso quisessem propor alterações, que as apresentassem e fundamentassem. Embora se compreenda a existência de especificidades, a disparidade de calendários irá certamente penalizar os estudantes que frequentam cursos lecionados por várias Faculdades e os docentes que lecionam em várias Faculdades, criando também um tratamento desigual entre docentes e estudantes duma mesma Universidade. No entanto, se isso for considerado absolutamente necessário por algumas Faculdades, mantém-se essa possibilidade.

   Número de semanas letivas – o número definido é apenas um valor mínimo de 13 semanas. Cada Faculdade poderá propor um valor superior, nomeadamente se isso for feito tendo em vista a adoção de métodos de avaliação ao longo do semestre e diminuindo a carga de avaliação no final do mesmo.

Gostaria de aproveitar para, sucintamente, explicitar o processo que foi seguido. Normalmente, o calendário escolar é aprovado pelo Reitor, após consulta aos Diretores. Este ano, entendeu-se suscitar na Universidade uma reflexão alargada sobre o modelo atual de calendário escolar. Essa reflexão teve por base uma preocupação manifestada por muitos docentes e estudantes acerca do calendário que tem estado a vigorar. O calendário atual tenta seguir de perto as recomendações do CRUP de 2011, segundo as quais cada semestre deverá ter 20 semanas, totalizando 40 semanas para o ano letivo, com um máximo de 10 associadas à avaliação no conjunto dos dois semestres. Até este ano o calendário não tinha em conta outros períodos de trabalho de docentes e estudantes, nomeadamente: o período de preparação do ano letivo (reuniões de curso para coordenação de avaliações, reuniões de pedagógico para fixação de avaliações intercalares), o período de avaliação da época especial, o período de correção e publicação de resultados. O somatório destas várias atividades vem-se traduzindo num calendário escolar muito extenso e que facilmente se estende ao longo de quase 11 meses - entre inícios de Setembro e finais de Julho.

Parecia-nos que esta situação deveria suscitar alguma reflexão, nomeadamente quanto à sua congruência com, por um lado, a afirmação institucional da Universidade do Porto enquanto Universidade de Investigação e, por outro lado, pela valorização da possibilidade dos estudantes terem acesso a experiências de estágios ou de outras experiências formativas que lhes desenvolvam competências sociais e profissionais para além daquelas previstas nos planos curriculares.

Além disso, e muito embora se tenha observado uma crescente valorização institucional de modelos de avaliação distribuída e com maior autonomia no trabalho dos estudantes, existe a percepção generalizada de coexistência de modelos de avaliação muito diferentes (mas sobrepostos), a qual se traduz num excesso de carga de trabalho para docentes e estudantes. Finalmente, o calendário atual acarreta uma frequente sobreposição de atividades, que não nos parece favorecer a qualidade do trabalho realizado (de que são claros exemplos a sobreposição da época especial e das entregas de teses com o arranque do ano letivo e a sobreposição da conclusão da avaliação do primeiro semestre com o início das aulas do segundo semestre).

Sabemos que quaisquer alterações no calendário são complexas, pois envolvem hábitos de trabalho de docentes e estudantes e têm implicações nas condições de funcionamento das atividades letivas e de avaliação. Deste modo, quaisquer alterações teriam que ser precedidas de discussão nas Faculdades e a sua concretização teria de ser feita de forma gradual. Além disso, seria necessário sensibilizar os docentes para uma melhor coordenação dos regimes de avaliação de unidades curriculares do mesmo ano e ciclo de estudos, por forma a evitar a sobreposição de tarefas exigidas aos estudantes.

Em suma, pareceu-nos ser importante refletir sobre a pertinência do atual calendário e discutir possibilidades de ir melhorando a organização dos tempos letivos e de avaliação.

Assim, esta discussão teve os seguintes passos:
   apresentação e discussão na reunião do CCMEUP de Outubro (no qual têm assento representantes de todos os Conselhos Pedagógicos e Científicos de todas as Faculdades, bem como representantes de todas as Associações de Estudantes e o presidente da Comissão de Educação do Conselho Geral);
   Solicitação aos Presidentes dos Conselhos Pedagógicos que promovessem reuniões e consultas nas Faculdades acerca da pertinência e exequibilidade das alterações sugeridas durante o mês de Novembro (nomeadamente ouvindo docentes, estudantes e diretores de curso);
   Informação na reunião de Diretores de Novembro acerca desta consulta, justificando o adiamento da marcação do calendário;
    Discussão na reunião de Novembro do CCMEUP, permitindo a todas as Faculdades e Associações de Estudantes manifestarem as suas posições. Nos casos em que não puderam estar presentes, eu próprio transmiti ao Conselho as opiniões favoráveis e desfavoráveis. Esta discussão levou a várias alterações da proposta inicial, acolhendo várias sugestões pertinentes feitas pelas Faculdades que entenderam tomar posição. Esta nova versão recebeu um parecer favorável do CCMEUP;
   Discussão na reunião de Diretores de Dezembro da proposta revista, a qual recebeu apoio unânime dos mesmos, vários dos quais manifestaram publicamente o seu apoio às alterações introduzidas;
   Informação na reunião do CCMEUP de Dezembro, explicando as alterações que foram introduzidas em virtude da discussão no Conselho e aprovadas pelos Diretores das Faculdades.

Deste modo, procurou-se ouvir de forma alargada e participada os principais interessados neste processo. A proposta aprovada resultou desse processo e teve alterações substanciais em virtude disso. Além disso, foi aprovada porque teve o parecer favorável do CCMEUP e do Conselho de Diretores. Certamente que este é apenas um passo no sentido de melhorar gradualmente a organização dos tempos letivos e de avaliação.

Coloco-me ao dispor do Conselho Geral, nomeadamente da sua Comissão especializada de Educação e Formação, para discutir esta questão, caso assim o entendam.

Saudações cordiais,

Pedro Teixeira

Minha resposta:
Exmo. Senhor Vice Reitor,
Espanta-me a sua ilusão de que eu iria ter tempo (e paciência) para ler, sobre um assunto tão pedestre como o calendário do ano letivo, um texto tão longo como o do seu email. Que perda de tempo ! Bastaria ter aceite a minha sugestão, em vez de gastar o seu tempo a escrever longas epístolas.
Sugeri (mas, pelo vistos, parece não o ter interiorizado) que se aplique o princípio da subsidiariedade: que a Reitoria tenha uma intervenção minimalista na definição do ano letivo, descentralizando a decisão dos detalhes para cada Faculdade.
Pode reler as minhas sugestões no seguinte site:
Sobretudo, não compliquemos a vida aos estudantes, pelo gozo narcísico da "vão glória de mandar".
Cumprimentos,

Artur Águas, professor do ICBAS/UP e membro do Conselho Geral da UP

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Proposta de Procedimento para Calendário de Ano Letivo

(proposta enviada por email ao Senhor Reitor)

Exmo. Senhor Reitor,

São os estudantes e professores de cada Faculdade quem participa diretamente nas avaliações realizadas nas épocas de exames no final de cada semestre. 
A Reitoria está longe, isolada no centro da cidade, não tem alunos, nem faz exames. 
Aplique-se à definição do calendário do ano letivo o princípio da subsidiariedade, norma fundamental do funcionamento da União Europeia.

Aplicando este princípio de descentralização da decisão, para a aproximar daqueles a quem ela se aplica, sugere-se que a Reitoria aprove apenas (aqui menos, é mais) o seguinte, relativamente aos calendários dos anos letivos:

1. O calendário académico começa sempre a 1 de setembro e encerra a 31 de julhofixando apenas as datas dos períodos de pausa (Natal e Ano Novo; Carnaval; Páscoa; Queima das Fitas).
2. Exige-se a todas as Faculdades um mínimo de 14 semanas de aulas por semestre.
3. Dá-se autonomia a todas as Faculdades para determinarem, através de decisão dos seus Conselhos Pedagógicos (onde estão representantes de estudantes e docentes), o calendário das épocas de avaliação a cumprir após o final de cada semestre.

Cumprimentos,
Artur Águas
Professor do ICBAS/UP e Membro do Conselho Geral da UP

Todos Exames Acabados a 23 de Junho em 2017 !

Esclarecimento:
Há uma calendário académico para 2016/17, que revoga o anterior, e que é ainda mais curto: os exames têm que estar todos acabados a 23 de junho !
Pode ser lido aqui:




Encurtamento para Metade das Épocas de Exames é Mau Serviço aos Estudantes

(cópia de email que enviei ao Senhor Reitor e Equipa Reitoral)

Exmo. Senhor Reitor,

Acabo de ler a proposta de calendário para o ano letivo de 2016/17 (em anexo).
Nesta proposta corta-se para metade os períodos para época de exames no final do 1º e do 2º semestres.

[o calendário proposto pode ser lido aqui:

Será um mau serviço para os estudantes que não terão tempo para estudar no caso de não obterem aprovação na 1ª época de exames.
Venho solicitar-lhe que substitua o calendário de épocas de exame para o ano letivo de 2016/17 por calendário semelhante ao do presente ano letivo, para benefício dos nossos estudantes,

Com os meus cumprimentos,
Artur Águas
Professor do ICBAS/UP e Membro do CG da UP


PS: se não quiser aceitar a minha sugestão, dê autonomia a cada Faculdade para definir o seu calendário escolar, incluindo a época de exames, desde que se mantenham as 14 semanas de aulas por semestre.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Reunião Extraordinária do CG para Aprovar Proposta de Orçamento da UP para 2016

Esta reunião extraordinária do CG foi convocada com caráter urgente pelo Presidente para que fosse aprovada a proposta de orçamento da UP para 2016, que teria de ser elaborada de acordo com as normas do Governo que está a ultimar a proposta de Orçamento Geral do Estado para 2016. De acordo com as orientações do Governo, a proposta de orçamento da UP para 2016 não poderá exceder o valor de despesas de 2015, sendo que o Governo se comprometeu a enviar, posteriormente à aprovação do Orçamento Geral de Estado, o reforço financeiro necessário para o pagamento da recuperação salarial dos funcionários públicos. A convocatória desta reunião pode ser lida aqui:

A proposta de orçamento para 2016 da UP elaborada pela Reitoria consta apenas de 2 quadros (receitas e despesas) que foram construídos pelo Dr. José Branco, administrador da UP, que ofereceu explicações sucintas sobre os mesmos 2 quadros, enviados aos membros do CG na madrugada do próprio dia da reunião. Os 2 quadros podem ser lidos aqui:

Dado o caráter urgente da aprovação da proposta, esta foi aprovada por unanimidade pelos membros presentes na sala. Os membros do CG foram informados previamente de que, se não se aprovassem com prontidão a proposta orçamental, a UP corria o risco de não ver quaisquer verbas transferidas a partir do Ministério da tutela. Antes da aprovação do documento orçamental de 2 folhas acima citado, vários membros do CG lamentaram o facto de a proposta de orçamento ser pobríssima em dados detalhados. Neste contexto, foi aprovada por unanimidade uma proposta oral do Prof. Doutor Carlos Afonso para que o Reitor e o Administrador da UP apresentem na próxima reunião do CG (11 de março) exposições sobre o conteúdo detalhado do orçamento da UP para 2016. Ainda em referência a este assunto, foi aprovada por unanimidade uma declaração de voto do Prof. Doutor Altamiro da Costa Pereira, que faz várias solicitações ao Reitor e que pode ser lida aqui:

Foi aprovada por unanimidade a ata da última reunião do CG (11.dez.2015) que pode ser lida aqui:

Devido à urgência de aprovação da proposta de orçamento da UP para 2016, foi também elaborada e aprovada a ata da reunião de hoje, a qual pode ser lida aqui:

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Falso Alarme: Ministro declara que OE2016 será corrigido posteriormente, tendo em conta o previsível aumento dos encargos com a recuperação dos vencimentos dos funcionários públicos

O jornal Público noticia hoje que o Ministro da Ciência e Ensino Superior se comprometeu a entregar às Universidades a verba suplementar que corresponde à recuperação dos salários da Função Pública, tal como prometido pelo Governo.
A notícia do Publico pode ser lida aqui:

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

OE2016 Esquece Reposição Salarial dos Funcionários da UP

O Presidente do CG comunicou a todos os membros deste Conselho a receção de uma mensagem do reitor da UP em que lhe faz saber que a Proposta de Orçamento de Estado para 2016, no que se refere à UP, não contempla reforço de verbas para pagamento de salários, para assim fosse cumprida a reposição salarial dos vencimentos dos funcionários públicos, tal como foi anunciado pelo Governo.
Essa mensagem pode ser lida aqui: