quinta-feira, 30 de abril de 2015

Debates Públicos sobre os Conselhos Gerais das Universidades

O NEDAL (Núcleo de Estudos de Direito das Autarquias Locais, U. Minho) e o CES (Centro de Estudos Sociais, U. Coimbra) têm organizado um ciclo de debates públicos sobre os conselhos gerais (CGs) das universidades, que têm decorrido em várias áreas geográficas do país. Em baixo apresentam-se “links” para os relatos dos dois últimos debates que tiveram lugar a 5 de março (U. Minho, em que o conselheiro Carlos Afonso e eu próprio estivemos presentes) e a 19 de março (U. Lisboa).
Os organizadores destes debates disponibilizam uma plataforma onde se pode deixar opinião ou testemunho sobre os CGs ou estes debates:

O relato do debate de 5 de março (U. Minho) pode ser lido aqui:

O relato do debate de 19 de março (U. Lisboa) pode ser lido aqui:


quarta-feira, 29 de abril de 2015

Quadro Financeiro Exemplar

[Este quadro encontra-se na pg. 76/294 das Contas da UP para 2014 que podem ser lidas aqui: https://drive.google.com/file/d/0B0Hxw1-OkthJSUZfdkhSSjJ3MGs/view?usp=sharing ]

Da leitura do quadro, pode concluir-se o seguinte:
1. Metade das Faculdades da UP apresentou défice em 2014 (resultados líquidos negativos indicados entre parêntesis no quadro).
2. Se juntarmos os gastos da Reitoria ao dos Serviços Centrais (CRSCUP), o conjunto posiciona-se em gastos logo a seguir à FEUP e acima de todas as outras Faculdades da UP. Dinheiro que fica nos “Leões” não chega às Faculdades.
3. Reitoria + CRSCUP gastam 16% do orçamento da UP (enquanto que as reitorias e serviços centrais da UNova e da UL gastam 5 e 7% dos seus orçamentos, respetivamente).

4. O maior saldo positivo em instituições da UP em 2014 foi o da Reitoria que, se fosse redistribuído pelas Faculdades com défice, chegaria para anular todos esses os saldos negativos.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Novos Curadores da UP

Na sua última reunião, foram propostos pelo CG três novos Curadores para a UP. São as seguintes as três personalidades que já declararam aceitar o cargo: Dra. Eugénia Aguiar Branco, Eng. Manuel Ferreira de Oliveira e Dr. Miguel Cadilhe.
Na mesma reunião foi aprovado por unanimidade um voto de louvor pela dedicação e exemplar labor em prol da UP dos atuais Curadores que em breve cessarão funções: Dra. Maria Amélia Cupertino de Miranda, Eng. Paulo Azevedo e Dr. Carlos Tavares.
A composição do Conselho de Curadores da UP passará em breve a ser a seguinte:

Dra. Odete Patrício, Dra. Eugénia Aguiar Branco, Dr. José Manuel Fernandes, Eng. Manuel Ferreira de Oliveira, Dr. Miguel Cadilhe.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Gastos da Reitoria+CRSCUP Estão Logo Atrás dos da Maior Faculdade da UP (Engenharia)

Nas Contas da UP de 2014 (documento acessível no texto referente à reunião do CG de 24 de abril; ver pag. 76/294 do documento) é preocupante constatar o elevado montante de recursos financeiros consumidos pela Reitoria (23.806 milhares de €) e os Serviços Centrais (CRSCUP, 9.105 milhares de €).
Ou seja, os “Leões” consomem 33.011 milhares de €, só ficando atrás dos gastos da maior das Faculdades da UP (FEUP, 48.447 milhares de €).
Lembraram-me que no tempo do Reitor Novais Barbosa, a Reitoria e Serviços Centrais gastavam tanto como a Faculdade de Arquitetura. Ou seja, hoje deveria gastar 4.612 milhares de € e não 8 vezes mais, como gasta.
O dinheiro não é elástico. Nos “Leões” não se ensina, nem se faz investigação. 
Os “Leões” geridos com parcimónia libertariam 20 milhões para as Faculdades que estão cada vez mais envelhecidas e com menor número de alunos de doutoramento. 
Bem sei que a voracidade orçamental dos "Leões" é uma tendência que vem de trás, mas é altura de inverter essa deriva centralizadora e despesista. Seria uma melhor forma de gestão da UP, a meu ver.

ERRO: 2 milhões € (e não 20 milhões) é o custo anual de funcionamento do I3S

No relato aqui apresentado da reunião de sexta-feira passada do CG, escrevi que o custo anual de manutenção do I3S seria de 20 milhões de euros. Trata-se de um involuntário erro meu, lapso de que me penitencio e desde já corrijo: 20 milhões foi o custo do edifício; 2 milhões será o custo anual de funcionamento do I3S.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Reunião do CG de 24 de abril de 2015

Esta reunião teve convocatória que pode ser lida neste endereço:

As deliberações oficiais da reunião podem ser lidas no seguinte endereço:

Assuntos de Antes da Ordem do Dia:

1. Presidente do CG: Contrato Plurianual da Fundação Universidade do Porto
Através de investigação pessoal, o Juiz-Conselheiro Alfredo de Sousa identificou um contrato, assinado aquando da passagem da UP a Fundação, entre o Governo da altura (Teixeira dos Santos e Mariano Gago) e a UP (Reitor Marques dos Santos) em que o Estado se comprometia a financiar a UP ao longo dos anos seguintes em 100 milhões de euros adicionais aos do OE. Esse contrato nunca foi cumprido nem com a UP nem as duas outras universidades que aderiram ao estatuto de fundação. O contrato pode ser lido no seguinte endereço:

Como o Governo nunca honrou esse compromisso, o Presidente do CG aproveitou a presença do Secretário de Estado do Ensino Superior no dia da universidade para lhe pôr a questão, ao que este membro do Governo lhe respondeu que ignorava de todo que o estatuto de fundação da UP tivesse levado a acordo desse género entre Estado e a UP.

Em resposta a esta circunstância, o Presidente do CG decidiu escrever uma carta ao Secretário de Estado do Ensino Superior reiterando as razões de queixa da UP por falta de cumprimento deste compromisso legal pelo Estado. Esta iniciativa e a qualidade jurídica da carta escrita pelo Presidente do CG foram aplaudidas por todos os membros do CG. A carta pode ser lida no seguinte endereço:

O presidente do CG voltou a referir que continuava a não haver qualquer resposta por parte do Ministério relativamente à aprovação dos novos Estatutos da UP que foram enviados para Lisboa no ano passado e que, de acordo com os prazos legais, deviam ter sido aprovados pelo Ministério até fevereiro passado. Este desrespeito do Ministério pela UP continua a indignar os membros do CG que deliberaram que devia ser enviada uma nota à imprensa do género: “Incúria do Ministério Prejudica a Universidade do Porto. A UP elaborou uma revisão dos seus Estatutos, instrumento essencial para o seu bom funcionamento, que foi remetida a Lisboa e cuja aprovação, se tivesse respeitado os prazos legais, devia ter sido feita até fevereiro passado. Apesar das insistências do Presidente do CG da UP junto do Ministério, nenhuma resposta lhe tem sido dada sobre este ilegal adiamento da aprovação dos Estatutos da UP, que assim se encontra numa situação de pântano jurídico”. Em vez de ser o Presidente do CG a publicitar uma nota deste teor junto da imprensa, o Reitor propôs que fosse ele a tomar essa iniciativa utilizando o seu gabinete de imprensa.

Foi também considerado pertinente fazer a divulgação publica da queixa contra o Ministério referente ao não cumprimento do contrato de financiamento entre Estado e UP-Fundação, mas essa publicitação será realizada um pouco mais tarde para que não haja confusão entre as duas questões.

2. Reitor: Assuntos gerais sobre atividade

Universidade Digital: este instrumento da Reitoria iniciou recentemente as suas funções, envolvendo 164 funcionários.

Reforma do CRSCUP (ou SPUP): está a decorrer reformulação dos seus funcionários, sendo que um número significativo deles já regressou às suas faculdades e deixou de pertencer aos serviços partilhados.

Governo pediu informações sobre o orçamento da UP (e de todas as universidades): o governo estará a reapreciar esses orçamentos, não se sabendo qual a razão disso.

Ranking internacional da UP: há um ranking global de universidades que só será divulgado a 29 de abril que coloca algumas áreas da UP em boa posição, nomeadamente a de engenharia civil (50º a nível mundial).

Novo espaço de refeições e convívio dos estudantes foi inaugurado.

Obras de requalificação do polo da Asprela estão a entrar em fase final.

Pólo do Mar em Leixões: decorrem negociações com o Porto de Leixões de modo a partilhar a onerosa manutenção e funcionamento do novo edifício.

I3S: decorrem estudos para se encontrar uma solução para o pagamento da manutenção e funcionamento anual deste edifício (cerca de 20 milhões de euros).

Subsídio Extraordinário para Unidades de Investigação: a UP está a ultimar a atribuição de um subsídio que andará à volta de 250€/doutorado nas unidades que receberam classificação de “poor”; 500€/doutorado para que as foram classificadas como “fair”, e 750€ para as classificadas como “good”.

O ponto 3 de antes da Ordem de Trabalhos foi adiado para a próxima reunião (por ausência do conselheiro que propôs o assunto para discussão).

4. Dr. Pacheco Pereira: “Métodos de Eleição do Conselho Geral”.

O conselheiro Pacheco Pereira apresentou uma análise crítica preliminar, tanto dos boletins de voto, como dos métodos desta eleição. Ficou estabelecido que todos os conselheiros lhe enviarão as suas propostas de alteração do regulamento de eleição do CG.

5. Outros Assuntos:

O conselheiro Artur Águas congratulou-se pela carreira fulgurante do licenciado em economia da UP, Fernando Medina, que foi sucessivamente presidente da sua associação de estudantes, presidente da FAP, técnico do ministério do trabalho (em governo PS), consultor do ministério da educação (em governo PS), assessor do primeiro-ministro Guterres, técnico da AICEP, 2 vezes secretário de estado, vereador da Câmara de Lisboa. E, finalmente, presidente da Câmara da Capital de Portugal ! É obra para quem tem apenas 42 anos !

ORDEM DE TRABALHOS

1. Aprovação da ata da reunião de 13 de março de 2015.
Foi aprovada por unanimidade e sem emendas; pode ser lida neste endereço:
2. Apreciação e aprovação do Relatório de Atividades e Contas Individuais da U. Porto 2014.
Este relatório pode ser lido no seguinte endereço:


Este relatório recebeu parecer positivo de duas comissões do CG. O conselheiro Artur Águas apresentou várias críticas ao relatório, as quais já tinha anteriormente veiculado por email aos outros membros do CG. Essas críticas podem ser lidas aqui:
O relatório foi aprovado por unanimidade.

3. Ratificação da Aprovação dos “Estatutos da Plataforma Noroeste Global”.
A adesão da UP a esta Plataforma já tinha sido anteriormente aprovada pelo CG. Estes estatutos foram aprovados por unanimidade e podem ser lidos aqui:

O ponto 4 não foi tratado.

5. Apreciação e aprovação da proposta de aumento da participação da Universidade do Porto no Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI).
Esta proposta recebeu pareceres positivos de duas comissões e foi aprovada por unanimidade; pode ser lida aqui:

Devido à urgência de tratamento dos pontos 7 e 8, o Presidente do CG decidiu saltar o ponto 6 (“Apreciação e aprovação do plano de ação para o quadriénio do mandato do Reitor”). Tendo-se atingido as 18 hrs com o tratamento dos pontos 7 e 8, o Presidente do CG decidiu adiar para a reunião de junho o assunto “Apreciação e aprovação do plano de ação para o quadriénio do mandato do Reitor”.

7. Designação de três membros do Conselho de Curadores a propor ao Governo, nos termos da alínea b) do nº 1 do artigo 30º dos estatutos da Universidade do Porto.
O CG escolheu por voto secreto três membros para o Conselho de Curadores cujos nomes serão divulgados após a sua aceitação do cargo.

8. Autorização da participação da UP na Associação das Universidades Portuguesas (AUP) que sucede à Fundação das Universidades Portuguesas (FUP) (art.º 21 e art.º 30 nº 2 m) dos Estatutos da U.P.).

Tratando-se de um assunto meramente burocrático (o CRUP funcionava como Fundação e tem que legalmente passar a funcionar como Associação) o CG aprovou de imediato e por unanimidade a autorização.

terça-feira, 14 de abril de 2015

quarta-feira, 8 de abril de 2015

UP faz parte da “Plataforma de Cooperação do Noroeste Global”

A pedido do Presidente do Conselho Geral (CG), e por motivo de urgência, não podendo aguardar pela próxima reunião regular do CG (24 de abril), os membros do CG deram a sua anuência para que a UP, na pessoa do seu Reitor, assine compromisso para fazer parte da nova “Plataforma de Cooperação do Noroeste Global” que envolve várias universidades (Porto, Aveiro, Minho, Católica/Porto), municípios (Porto, Braga, Guimarães, Aveiro), uma associação empresarial (COTEC) e a Fundação Gulbenkian.
O protocolo desta Plataforma pode ser lido aqui:


terça-feira, 7 de abril de 2015

Diretores Decidem Valor de Propina de Doutoramento

Já aqui referi, e também o fiz na última reunião do CG, que 2 750€ de propina de doutoramento vai debilitar a atividade de investigação da UP porque já estamos a observar um sério decréscimo de alunos de doutoramento, com fuga de estudantes portuguesas para universidades espanholas onde a propina é inferior a 1000 €.

Compreendo o argumento financeiro de que faz sentido cobrar 2 750€ aos alunos de doutoramento galardoados com bolsas da FCT porque esse valor é transferido diretamente da FCT para a UP, sem afetar o valor da bolsa que o bolseiro recebe. De facto, é pertinente a pergunta: porquê abdicar dos 2 750€ da FCT, trocando-o por um valor menor, se a atual situação só traz benefício financeiro às Faculdades da UP e não prejudica o aluno de doutoramento?

Infelizmente, de há 5 anos para cá, a realidade mudou: o número de bolsas de doutoramento atribuídas pelas FCT diminuiu substancialmente. Como acolher na UP os bons estudantes de doutoramento que não foram galardoados com bolsa da FCT? É urgente encontrar uma solução para esta questão porque sem alunos de doutoramento o grosso da atividade de investigação não se realiza.

Proponho uma solução simples: dar autonomia de gestão aos diretores das Faculdades para que possam fixar, caso a caso, o valor da propina de doutoramento. Assim, manter-se-ia o valor base de 2 750€, que só se aplicaria a quem obtém bolsa da FCT, sendo que todas as outras situações seriam sujeitas a negociação entre o diretor do programa doutoral, orientador e diretor da Faculdade, com vista à fixação de um valor razoável de propina de doutoramento. É que raras são as universidades estrangeiras em que a propina de doutoramento tem igual valor em todas as Faculdades e em todos os cursos doutorais. Recordo que o CG acabou de aprovar, com o acordo do Reitor, que, para estudantes estrangeiros, os diretores de programas doutorais e diretores de Faculdade têm poder discricionário na fixação da propina. Há, portanto, precedente.


Insisto: porque não descentralizar a decisão do valor da propina de doutoramento nos diretores de cada Faculdade?

Discurso do Reitor no Dia da Universidade

A pedido do Senhor Reitor, foi enviada a todos os membros do Conselho Geral cópia do discurso que proferiu no Dia da Universidade, a 25 de março de 2015. Para memória futura, aqui fica registado o texto: