Já antes aplaudi o
PowerPoint com que o Reitor ilustrou a sua conferência na Sorbonne sobre
Competição e Cooperação, e agora aplaudo o facto do Reitor ter conseguido que dois
patrocinadores comerciais, Efacec e Montepio Geral, se responsabilizem por
todas as despesas do congresso “Pensar o Futuro” que se inicia daqui a dois
dias. Só o prestígio da UP e do seu Reitor no meio empresarial podem justificar
que os dois “sponsors” cubram por completo as despesas de deslocação, de estadia
e de eventuais honorários de 7 eminentes conferencistas internacionais e de 4
eminentes palestrantes nacionais, assim como o custo do jantar de honra para 80
convidados num dos melhores restaurantes da região. Eu não gosto do formato
deste congresso porque considero que não estimula uma participação generalizada
da Academia, sobretudo tendo em conta o seu tema: “Pensar o Futuro”, o qual
merecia discussão aberta por toda a comunidade universitária e não ser restrita
maioritariamente à nomenclatura da UP, como antevejo que vá acontecer. De
facto, conferências magistrais por convidados da Reitoria, discutidas por membros
da UP e de outras universidades nacionais convidados pela Reitoria, apenas incluindo
intervenções avulsas do público presente na plateia no final das palestras e
das discussões com interventores pré-definidos, é capaz de não ser o meio mais
eficaz de Pensar o Futuro da UP.
Mas sendo um congresso a custo
zero para a UP, a minha objeção é meramente subjetiva. É uma iniciativa
interessante e que não nos custa nada e, como tal, seja bem vinda ! É que ninguém
impede a comunidade UP de se organizar e propor a realização de um congresso diferente,
isto é, aberto à apresentação de comunicações livres por quem o quiser fazer, e
prevendo amplo espaço de debate, sobre o futuro da nossa Universidade.
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