quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Redução de Época de Exames na UP: a Reitoria impõe de novo 36 semanas de calendário letivo para 2017/18 quando era de 40 semanas há dois anos

(email enviado hoje ao Senhor Reitor e Equipa Reitoral)

A Universidade foi surpreendida no ano letivo passado com a decisão da Reitoria em reduzir o calendário letivo em 4 semanas, o que acarretou diminuição das épocas de exames com a perda de uma oportunidade de avaliação em cada semestre e com exames marcados em dias seguidos.

Apesar dos pedidos feitos por estudantes e professores (entre os quais eu próprio) para que a Reitoria corrigisse a mão em 2017/18 e adotasse uma atitude liberal e não a de “quero, posso e mando” sobre a definição da extensão do calendário académico, constatamos agora que a Reitoria foi surda a esse pedido de descentralização para cada Faculdade da decisão sobre a extensão do calendário de aulas e de exames.

O que se pediu à Reitoria, em particular ao Reitor e ao Vice-Reitor Pedro Teixeira, é que aprovasse um calendário escolar para 2017/18 em que cada Faculdade poderia ir até às 40 semanas letivas, o que não impediria que as Faculdades que quisessem encurtar o seu calendário letivo para 36 semanas o pudessem fazer.

A descentralização de decisão nesta matéria de calendário escolar, da Reitoria para as Faculdades (dentro de limites bem definidos, i. e., de 36 a 40 semanas), e o espírito liberal que preside à postura de descentralização de decisões, não fazem parte do modo de pensar desta Reitoria, com prejuízo para estudantes e docentes da UP que querem ensinar e realizar exames em condições ideais.

Com esta medida rígida e impositiva a Reitoria apenas expande o período de férias escolares (em junho não há aulas, só exames; os exames terminam antes do final de junho; as aulas começam na segunda semana de setembro). Este calendário resulta em dois meses e meio de férias escolares (deve ser um record europeu!). O argumento que a Reitoria nos apresenta para defender o alargamento do período de férias escolares é que os professores precisam de tempo para fazer investigação (como se a investigação fosse uma atividade sazonal…).


A Reitoria ainda vai a tempo de alterar esta atitude centralista e este reiterado erro mas, infelizmente, confesso que já não acredito que isso venha acontecer com esta Equipa Reitoral.

Sem comentários:

Enviar um comentário