(email enviado hoje ao Senhor Reitor e Equipa Reitoral)
A Universidade foi
surpreendida no ano letivo passado com a decisão da Reitoria em reduzir o calendário letivo em 4 semanas,
o que acarretou diminuição das épocas de exames com a perda de uma oportunidade de avaliação em cada semestre e com exames marcados em dias seguidos.
Apesar dos pedidos feitos
por estudantes e professores (entre os quais eu próprio) para que a Reitoria corrigisse
a mão em 2017/18 e adotasse uma atitude liberal e não a de “quero, posso e
mando” sobre a definição da extensão do calendário académico, constatamos agora
que a Reitoria foi surda a esse pedido de descentralização para cada Faculdade da
decisão sobre a extensão do calendário de aulas e de exames.
O que se pediu à
Reitoria, em particular ao Reitor e ao Vice-Reitor Pedro Teixeira, é que
aprovasse um calendário escolar para 2017/18 em que cada Faculdade poderia ir até às 40 semanas letivas, o que não
impediria que as Faculdades que quisessem encurtar o seu calendário letivo para
36 semanas o pudessem fazer.
A descentralização de
decisão nesta matéria de calendário escolar, da Reitoria para as Faculdades
(dentro de limites bem definidos, i. e., de 36 a 40 semanas), e o espírito liberal que preside à postura de
descentralização de decisões, não fazem parte do modo de pensar desta Reitoria,
com prejuízo para estudantes e docentes da UP que querem ensinar e realizar
exames em condições ideais.
Com esta medida rígida e
impositiva a Reitoria apenas expande o período de férias escolares (em junho não
há aulas, só exames; os exames terminam antes do final de junho; as aulas
começam na segunda semana de setembro). Este calendário resulta em dois meses e meio de férias escolares
(deve ser um record europeu!). O argumento que a Reitoria nos apresenta para
defender o alargamento do período de férias escolares é que os professores
precisam de tempo para fazer investigação (como se a investigação fosse uma
atividade sazonal…).
A Reitoria ainda vai a
tempo de alterar esta atitude centralista e este reiterado erro mas,
infelizmente, confesso que já não acredito que isso venha acontecer com esta
Equipa Reitoral.
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