UP promove "Diálogos" entre Liberais e Ultraliberais

É com total estupefação que tomei conhecimento, através da imprensa, do conjunto de personalidades que foram escolhidas pela UP para um Ciclo de Conferências “Diálogos” (5ª edição) (ver cartaz em baixo). É a pura promoção do pensamento social e político que nos tem governado desde que a troika cá chegou, ou seja, que instituiu como norma o empobrecimento de quem vive (ou viveu) do trabalho, com vista ao enriquecimento de quem vive do capital. É que os conferencistas são todos da área do CDS (Manuel Monteiro, Rui Moreira), do PSD (Rangel, Rio, Moreira, Rui Nunes) ou são ultraliberais (Arroja, Portela). As únicas exceções (até ver…) são duas pessoas cujo pensamento social e político não conheço: António Tavares (provedor da Misericórdia do Porto) e Lobo Fernandes (ex-prof. do comissário das conferências, Vicente Ferreira da Silva).

Onde fica o pluralismo e a diversidade de pensamento que a UP deve promover?

No texto acompanhante desta iniciativa da UP ainda se afirma que as conferências: "enquadram-se na política de abertura da Universidade do Porto à sociedade, com especial enfoque nas áreas de intervenção por excelência da Universidade: ensino, ciência, cultura e inovação". É de rir, para não ter que chorar de mágoa por esta nossa Universidade de hoje.

Ciclo de Conferências "Diálogos" regressa à U.Porto na sua 5.ª Edição

De março a abril de 2014

O ciclo de conferências "Diálogos" está de volta à Universidade do Porto com novas sessões de debate abertas à comunidade. 
Na sua quinta edição, os Diálogos procuram debater diversas circunstâncias inerentes à cidadania e ao país. Que caminhos para Portugal, os comportamentos e a ligação entre os cidadãos e os seus representantes, o sistema político, a Europa, serão alguns dos temas em reflexão que, numa discussão aberta e plural, vão ser abordados por distintos especialistas. 
O arranque do ciclo está marcado para a próxima quinta-feira, 6 de março, com um "diálogo" entre Pedro Arroja (professor no Instituto Superior de Estudos Financeiros e Fiscais (IESF) e Presidente do Conselho de Administração da Pedro Arroja - SGPS, SA) e Manuel Monteiro (professor na Universidade Lusíada e jurista). 
Seguem-se três "diálogos" que terão como protagonistas António Tavares (provedor da Santa Casa de Misericórdia do Porto), Rui Nunes (professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto) e Luís Portela (presidente da BIAL) a 13 de março; Lôbo-Fernandes (professor catedrático na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho) e Paulo Rangel (deputado no parlamento Europeu) a 21 de março; e Rui Moreira (presidente da Câmara Municipal do Porto) e Rui Rio (consultor da Boyden) encerrarão o ciclo no dia 3 de abril. 
Nesta, como nas restantes sessões, a entrada é livre e não está sujeita a inscrição prévia. 
Comissariados por Vicente Ferreira da Silva, os "Diálogo" enquadram-se na política de abertura da Universidade do Porto à sociedade, com especial enfoque nas áreas de intervenção por excelência da Universidade: ensino, ciência, cultura e inovação.