quarta-feira, 4 de março de 2015

Sobre a Mostra da UP, uma Sugestão e outros Assuntos da Universidade

(transcrevo de seguida email que enviei ao Reitor e Equipa Reitoral na minha condição de conselheiro da UP)

O Público noticiava ontem que “o concurso do Pavilhão Rosa Mota […] estava suspenso desde 18 de fevereiro” (e que anteontem foi decidido “a prorrogação do prazo do concurso” até 24 de maio). Ou seja, desde pelo menos 18 de fevereiro que se sabe que o Pavilhão Rosa Mota não entrará em obras de remodelação e que, portanto, estaria disponível para a Mostra da UP, de 12-15 de março (tenho constatado que o Pavilhão, que vejo da minha janela nas Biomédicas, esteve alugado a várias instituições pelo menos até 28 de fevereiro).

Conclusão: a transferência da Mostra da UP do seu lugar ideal e tradicional, o Pavilhão Rosa Mota, para o espaço fechado e saturado de trânsito que é a Alfândega, é uma decisão da Reitoria que não decorre da indisponibilidade do Pavilhão Rosa Mota. Rompe-se a tradição da Mostra da UP e opta-se por pior escolha.

É que para além das vantagens do espaço do Rosa Mota e dos Jardins do Palácio de Cristal, os estudantes do secundário que nos têm visitado todos os anos davam uma saltada à Biblioteca Almeida Garrett, em cuja Galeria este ano poderiam desfrutar de uma Exposição de Arte Africana Contemporânea, que Serralves não desdenharia, e até, os mais curiosos, poderiam querer conhecer o naturalismo português.

Aqui vai mais uma sugestão deste conselheiro da UP que não abdicará do seu dever de oferecer conselhos, ainda que pouco considerados: sugiro que o vereador da cultura da CMP, Paulo Cunha e Silva, professor da UP, seja nomeado pró-reitor ad hoc da UP para que se inicie uma colaboração entre esta CMP, de cujo dinamismo todos os cidadãos do Porto estão a beneficiar, e a Reitoria da UP, a qual não se tem distinguido pela capacidade de iniciativa.

Talvez a vivacidade e a criatividade do Paulo Cunha e Silva, estando presente, na condição de pró-reitor ad hoc, em reunião mensal da Equipa Reitoral, tenha algum efeito contagiante ou que, pelo menos, se crie o hábito de explorar sinergias entre a UP e a CMP. Essas sinergias e esse diálogo (a que já apelei anteriormente), por exemplo, poderiam ter tornado possível que a Mostra da UP se realizasse ainda este este ano no Pavilhão Rosa Mota, porque se houvesse comunicação frequente entre UP e CMP seguramente que o vereador da cultura da CMP informaria a UP de que as obras de remodelação do Pavilhão Rosa mota ó terão início muito depois de março.

É triste constatar que a gestão desta Equipa Reitoral continua a não resolver, como prometeu, o continuado mal-estar dos funcionários das Faculdades da UP transferidos para o CRSCUP (Serviços Partilhados), que continuam a sentir-se tratados como “números numa folha de Excel”. Acresce que algumas das ações que tem tomado, como a extinção do serviço de saúde dos funcionários da UP, e a transferência da Mostra da UP do Palácio para a Alfândega não nos trazem nenhuma alegria.

Questões menores? Não me parece.

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