segunda-feira, 22 de julho de 2013

Carta Aberta ao Senhor Reitor

Exmo Senhor Reitor,

Espantado pela mensagem que acabo de receber, e que reproduzo em baixo, relativa à agenda que é apresentada para a reunião da próxima sexta-feira do CG, gostaria de lhe transmitir os seguintes pensamentos pessoais sobre a mesma.

É com desgosto e lástima que verifico ao receber este email que o Senhor Reitor não atendeu a minha sugestão, feita no CG, de suspender a aplicação do Regulamento Orgânico da UP.

De facto o Senhor Reitor não respeita a opinião da maioria dos membros do atual CG, eleitos em representação dos docentes. Como sabe, os eleitos pelas listas B e C foram-no com base em plataformas de defesa da autonomia das Faculdades que é posta em causa por vários artigos do Regulamento Orgânico da UP.
A aplicação do Regulamento Orgânico fará com que, pela primeira vez em democracia, os diretores das Faculdades sejam nomeados pelo Reitor e não direta e exclusivamente pelos docentes, estudantes e funcionários de cada Faculdade.

Sendo a primeira vez que um Reitor quer nomear os diretores das Faculdades, acontece que esse mesmo Reitor está em fim de mandato, ou seja, quer condicionar a escolha dos diretores de Faculdade de uma Universidade que será dirigida em breve por outro Reitor.

Isto faz algum sentido?

Por favor, repense a sua postura sobre a aplicação imediata do Regulamento Orgânico e permita que o novo CG se pronuncie sobre o assunto em setembro.

Irei, naturalmente, retransmitir este meu desabafo aos meus atuais colegas do CG esperando que nos seja dada oportunidade de livre expressão sobre o mesmo já na próxima sexta-feira.

Com os meus melhores cumprimentos,
Artur Águas

2 comentários:

  1. Professor,
    obrigado por partilhar a sua opinião. Por muitos se calarem é que estamos na situação em que nos encontramos.

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  2. Totalmente de acordo com o teor da carta!
    Vivemos momentos difíceis no País e na Universidade, onde a falta de clarividência e de diálogo pode levar à destruição do muito de bom que se fez nas últimas décadas. Mais do que revolta é um sentimento de amargura e tristeza que me assalta perante este cenário nefasto.
    Abraço, LuisBaldaia

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