Exmo Senhor Reitor,
Espantado pela mensagem que acabo de receber, e que reproduzo em baixo, relativa à agenda que é apresentada para a reunião da próxima sexta-feira do CG, gostaria de lhe transmitir os seguintes pensamentos pessoais sobre a mesma.
É com desgosto e lástima que verifico ao receber este email que o Senhor Reitor não atendeu a minha sugestão, feita no CG, de suspender a aplicação do Regulamento Orgânico da UP.
De facto o Senhor Reitor não respeita a opinião da maioria dos membros do atual CG, eleitos em representação dos docentes. Como sabe, os eleitos pelas listas B e C foram-no com base em plataformas de defesa da autonomia das Faculdades que é posta em causa por vários artigos do Regulamento Orgânico da UP.
A aplicação do Regulamento Orgânico fará com que, pela primeira vez em democracia, os diretores das Faculdades sejam nomeados pelo Reitor e não direta e exclusivamente pelos docentes, estudantes e funcionários de cada Faculdade.
Sendo a primeira vez que um Reitor quer nomear os diretores das Faculdades, acontece que esse mesmo Reitor está em fim de mandato, ou seja, quer condicionar a escolha dos diretores de Faculdade de uma Universidade que será dirigida em breve por outro Reitor.
Isto faz algum sentido?
Por favor, repense a sua postura sobre a aplicação imediata do Regulamento Orgânico e permita que o novo CG se pronuncie sobre o assunto em setembro.
Irei, naturalmente, retransmitir este meu desabafo aos meus atuais colegas do CG esperando que nos seja dada oportunidade de livre expressão sobre o mesmo já na próxima sexta-feira.
Com os meus melhores cumprimentos,
Artur Águas
Professor,
ResponderEliminarobrigado por partilhar a sua opinião. Por muitos se calarem é que estamos na situação em que nos encontramos.
Totalmente de acordo com o teor da carta!
ResponderEliminarVivemos momentos difíceis no País e na Universidade, onde a falta de clarividência e de diálogo pode levar à destruição do muito de bom que se fez nas últimas décadas. Mais do que revolta é um sentimento de amargura e tristeza que me assalta perante este cenário nefasto.
Abraço, LuisBaldaia